Lilith e Medeia

As mães da figuração da mulher vingativa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/LL63-v39-2023-16

Palavras-chave:

Lilith, Medeia, Mulher vingativa, Figuração, Feminismo

Resumo

O objetivo deste artigo é introduzir Lilith e Medeia como arquétipos da figuração da mulher vingativa, que desagua com mais frequência e intensidade no século XIX inglês. A partir da noção de figuração (BRAIDOTTI, 1994) e de textos sobre feminismo (WOOLF, 1929; BRAIDOTTI, 2004; PAREDES; GUZMÁN, 2014), pensamos essas duas personagens e as suas constantes representações no imaginário ocidental ao longo do tempo como mães e modelos para certa queixa feminina que nos acompanha desde a Criação. Assim, é nosso objetivo discutir o mito de Lilith e o de Medeia de modo a apresentá-las como figurações que dão corpo às personagens que as sucedem, assim como às nossas reivindicações.

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Biografia do Autor

Paula Pope Ramos, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutoranda em Literaturas de Língua Inglesa

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Publicado

2023-12-12

Como Citar

POPE RAMOS, P. Lilith e Medeia: As mães da figuração da mulher vingativa. Letras & Letras, Uberlândia, v. 39, n. único, p. e3916 | p. 1–15, 2023. DOI: 10.14393/LL63-v39-2023-16. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/letraseletras/article/view/70353. Acesso em: 21 dez. 2024.