Lilith e Medeia

As mães da figuração da mulher vingativa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/LL63-v39-2023-16

Palavras-chave:

Lilith, Medeia, Mulher vingativa, Figuração, Feminismo

Resumo

O objetivo deste artigo é introduzir Lilith e Medeia como arquétipos da figuração da mulher vingativa, que desagua com mais frequência e intensidade no século XIX inglês. A partir da noção de figuração (BRAIDOTTI, 1994) e de textos sobre feminismo (WOOLF, 1929; BRAIDOTTI, 2004; PAREDES; GUZMÁN, 2014), pensamos essas duas personagens e as suas constantes representações no imaginário ocidental ao longo do tempo como mães e modelos para certa queixa feminina que nos acompanha desde a Criação. Assim, é nosso objetivo discutir o mito de Lilith e o de Medeia de modo a apresentá-las como figurações que dão corpo às personagens que as sucedem, assim como às nossas reivindicações.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Paula Pope Ramos, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutoranda em Literaturas de Língua Inglesa

Referências

AGAMBEN, Giorgio. O que é o contemporâneo? In: AGAMBEN, Giorgio. O que é o contemporâneo? e outros ensaios. Tradução: Vinícius Nicastro Honesko. Chapecó: Argos, 2009. p. 55-76.

BACON, Francis. Da vingança. In: BACON, Francis. Ensaios. São Paulo: Edipro, 2015 [1597]. p. 35-36.

BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada: velho testamento. Tradução: João Ferreira de Almeida.

São Paulo: ACF, 2013.

BRAIDOTTI, Rosi. Nomadic subjects. Nova York: Columbia UP, 1994.

BRAIDOTTI, Rosi. El sujeto en el feminismo. In: BRAIDOTTI, Rosi. Feminismo, diferencia sexual y subjetividade nómade. Barcelona: Gedisa, 2004. p. 9-32.

BRANDÃO, Junito de. Mitologia grega. v. 3. Petrópolis: Vozes, 1987.

BURNETT, Anne. Connubial revenge: Euripides’ Medeia. In: BURNETT, Anne. Revenge in Attic and Later Tragedy. Berkeley e Los Angeles: University of California Press, 1998. p. 192-224. DOI: https://doi.org/10.1525/9780520919952-010

CAVALLERO, Pablo A. Medea de Eurípides: la “atétesis” de versos y la construcción gradual de la venganza. Emerita, v. LXXI, n. 2, p. 283-312, 2003. DOI: https://doi.org/10.3989/emerita.2003.v71.i2.95

COUCHAUX, Brigitte. Lilith. In: BRUNEL, Pierre (org.). Dicionário de mitos literários. Tradução: Carlos Sussekind et al. 2. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1998. p. 582-585.

EURÍPIDES. Medeia. Tradução: Trupersa. São Paulo: Ateliê Editorial, [2013].

PAREDES, Julieta; GUZMÁN, Adriana. El tejido de la rebeldía: ¿Qué es el feminismo comunitario? La Paz: Comunidad Mujeres Creando Comunidad, 2014.

ROBLES, Martha. Mulheres, mitos e deusas. 2. ed. Tradução: William Lagos e Débora Dutra Vieira. São Paulo: Aleph, 2019 [1996].

WOOLF, Virginia. Um teto todo seu. 2. ed. Tradução: Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2019 [1929].

Downloads

Publicado

2023-12-12

Como Citar

POPE RAMOS, P. Lilith e Medeia: As mães da figuração da mulher vingativa. Letras & Letras, Uberlândia, v. 39, n. único, p. e3916 | p. 1–15, 2023. DOI: 10.14393/LL63-v39-2023-16. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/letraseletras/article/view/70353. Acesso em: 22 jul. 2024.