A aquisição fonológica variável da nasal velar por aprendizes de inglês-l2

análise pela Teoria da Otimidade Estocástica

Autores/as

  • Athany Gutierres

DOI:

https://doi.org/10.14393/DL22-v10n2a2016-10

Palabras clave:

Aquisição, Variação, TO Estocástica, GLA, Nasal velar

Resumen

Este artigo apresenta uma análise formal da Interlíngua de aprendizes brasileiros (gaúchos) de Inglês quanto à aquisição da nasal velar em coda silábica. A análise está associada ao algoritmo de aprendizagem da Teoria da Otimidade Estocástica, o GLA (Gradual Learning Algorithm) (BOERSMA e HAYES, 2001), que considera a aquisição como o ordenamento hierárquico de restrições linguísticas, em que a variação é representada pela sobreposição de pontos de seleção das restrições numa escala contínua. O status da variação na L1 (primeira língua, Português) e na L2 (segunda língua, Inglês) é distinto, tem condicionamento fonético na primeira e fonológico na segunda. O ponto de partida da aquisição da L2 é o ranking da L1, de configuração M(arcação)>>F(idelidade). Na formalização proposta, uma restrição AGREE (M), que exige partilha de ponto de articulação na sequência vN_#, possui valor de ranqueamento próximo ao de uma restrição IDENT (F), que requer identidade quanto ao ponto da nasal no input e no output. O modelamento feito reitera o potencial do algoritmo no que diz respeito à formalização de sistemas variáveis de L2. Adquirir a nasal velar é promover Fidelidade em direção ao input, através do ajuste gradual das restrições.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Métricas

Cargando métricas ...

Biografía del autor/a

Athany Gutierres

Mestre em Educação (UCS). Bolsista de Doutorado em Estudos da Linguagem - Teoria e Análise Linguística (UFRGS).

Citas

ADAM, G. From variable to optimal grammar: Evidence from language acquisition and language change. PhD dissertation. Tel Aviv: Tel-Aviv University. 2003.

ALVES, U. K. A Aquisição das Sequências Finais de Obstruintes do Inglês (L2) por Falantes do Sul do Brasil: análise via Teoria da Otimidade. 2008. 337 f. Tese (Doutorado em Linguística). Faculdade de Letras - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2008. Disponível em: http://repositorio.pucrs.br:8080/dspace/bitstream/10923/4091/1/000399693-Texto%2BCompleto-0.pdf, acesso: 09-12-14.

¬¬¬______. Os Dados de Aquisição de L2 e sua Relação com a Teoria Fonológica: reflexão a partir de uma análise via TO. In: FERREIRA-GONÇALVES, G.; KESKE-SOARES, M.; BRUM-DE-PAULA, M. R. (Org). Estudos em Aquisição Fonológica, Santa Maria, v. 2, p. 165-180, 2009.

______. Teoria da Otimidade, Gramática Harmônica e Restrições Conjuntas. Alfa, São Paulo, v. 54, n.1, p. 237-263, 2010. Disponível em: http://seer.fclar.unesp.br/alfa/article/view/2879, acesso: 10-12-14.

______. Aquisição Fonológica de L2: formalização de fenômenos variáveis na língua-fonte, na língua-alvo e em seus sistemas intermediários. In: COLLISCHONN, G.; BISOL, L. Fonologia. Teorias e perspectivas. POA: EDIPUCRS, 2013. p. 133-148.

______; CABAÑERO, M. B. A transferência grafo-fono-fonológica na produção de sequências ortográficas ‘ng’ do Inglês (L2): uma abordagem conexionista. ReVEL. Pelotas, v.6, n. 11, ago./2008. Disponível em: http://www.revel.inf.br/files/artigos/revel_11_a_transferencia_grafo_fonico_fonologica_na_producao_de_sequencias_ortograficas.pdf, acesso: 08-03-15.

ALVES, F.C.; LUCENA, R.M. Aquisição da lateral silábica do inglês: uma análise via teoria da otimidade estocástica. Letrônica, Porto Alegre, v. 7, n. 2, p. 795-820, jul./dez., 2014.

AZEVEDO, R. Q. A epêntese no português brasileiro (L2), em segmentos plosivos em codas mediais, por falantes nativos do espanhol colombiano (L1): uma análise via Teoria da Otimidade Estocástica e Gramática Harmônica. 2011. 180 f. Dissertação (Mestrado em Linguística Aplicada) – Universidade Católica de Pelotas, Pelotas, 2011.

BAPTISTA, B. O.; SILVA-FILHO, J. L. A. The influence of voicing and sonority relationships on the production of English final consonants. In: BAPTISTA, B. O. WATKINS, M. A. English with a Latin beat: Studies in Portuguese/Spanish-English Interphonology. John Benjamins, 2006, p. 73-90.

BATTISTI, E. A representação da nasal em coda silábica e os ditongos nasais do português. In: Anais do XVII Congreso Internacional Asociación de Linguística y Filología de América Latina (ALFAL 2014). João Pessoa - Paraíba, Brasil. 2014. p. 1433-1453. Disponível em: http://www.mundoalfal.org/CDAnaisXVII/trabalhos/R0819-1.pdf, acesso: 02-07-15.

BLEY-VROMAN, R. What is the logical problem of foreign language acquisition? In: GASS, S.M.; SCHACHTER, J. Linguistic Perspectives on Second Language Acquisition. Cambridge: CUP, 1989.

BOERSMA, P.; HAYES, B. Empirical Tests of the Gradual Learning Algorithm. 2001. Disponível em: http://www.linguistics.ucla.edu/people/hayes/GLA/gla.pdf, acesso: 02-07-15.

______; WEENINCK, D. Praat – Doing Phonetics by Computer. 2015. Disponível em: http://www.fon.hum.uva.nl/praat/download_win.html, acesso: 02-07–15.

______; LEVELT, C. Optimality Theory and phonological acquisition. Annual Review of Language Acquisition 3 (2004), 1–50.

BROSELOW, E. Unmarked structures and emergent rankings in second language phonology. In: International Journal of Bilingualism, v.8, n.1, 2004. p. 51-65.

CAGLIARI, L. C. An experimental study of nasality with particular reference to Brazilian Portuguese. 1977. 321 f. Tese (Doutorado em Filosofia) - Universidade de Edinburgo, Edinburgo, 1977.

CÂMARA JR., J. M. Estrutura da língua portuguesa. 8.ed. Petrópolis: Vozes, [1970] 2005.

______. Problemas de lingüística descritiva. 11.ed. Petrópolis: Vozes, [1971] 2002.

CURTIN, S.; ZURAW, K. Explaining constraint demotion in a developing system. In SKARABELA, B.; FISH, S.; and A.H.-J. do (Eds.). Proceedings of the 26th annual Boston University Conference on Language Development (p. 118-129). Somerville, MA: Cascadilla Press. 2002.

GARCIA, G. D. Aquisição de acento primário em inglês por falantes de português: uma análise de derivações com sufixos não neutros via Algoritmo de Aprendizagem Gradual - GLA. 2012. 148 f. Dissertação (Mestrado em Teoria e Análise Linguística) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2012.

GNANADESIKAN, A. Markedness and faithfulness constraints in child phonology. In KAGER, R.; PATER, J.; & ZONNEVELD, W. (Eds.). Fixing priorities: constraints in phonological acquisition. Cambridge: Cambridge University Press. [ROA 67, 1995]

GUIMARÃES, M. A. A. Aspectos da fonologia do português como segunda língua por aprendizes anglófonos – uma análise via Teoria da Otimidade. 2012. 115 f. Dissertação (Mestrado em Letras - Filologia e Língua Portuguesa) - Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-22022013-153330/en.php, acesso: 02-07-15.

KOERICH, R. D. Perception and Production of Vowel Epenthesis in Word-Final Single Consonant Codas. 261 f. Tese: Doutorado em Letras. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2002.

LABOV, W. Principles of Linguistic Change. Vol. 1: Internal Factors (Language in Society). Philadelphia: Blackwell Publishers, 1994.

______. Principles of Linguistic Change. Vol. 2: Social Factors (Language in Society). Philadelphia: Blackwell Publishers, 2001.

LACY, P. de. The formal expression of markedness. Dissertation on Linguistics. University of Massachusetts Amherst, Massachusetts, 2002. Disponível em: http://www.pauldelacy.net/webpage/docs/delacy-2002-formal%20expression%20of%20markedness.pdf, acesso: 28-09-2015.

LEVELT, C. Unfaithful kids: place of articulation patterns in early child language. Paper presented at the University of Pennsylvania, October 13, 1995.

________; SCHILLER, N.; LEVELT, W. The acquisition of syllable types. Language Acquisition, 8.3, 237-264. 2000.

LUCENA, R. M.; ALVES, F. C. Análise Variacionista da Aquisição do /p/ em Coda Silábica por Aprendizes de Inglês como LE. Revista Intertexto, v. 5, n. 2, 2012. Disponível em: http://www.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/intertexto/article/view/310, acesso: 09-12-14.

MCCARTHY, J. J. (ed) Optimality Theory in Phonology. Blackwell Publishing, 2004.

MOHANAN, P. J. Evidence of transference and Emergence in Interlanguage. 2001. Disponível em: http://roa.rutgers.edu/files/444-0701/444-0701-MONAHAN-0-0.PDF.gz, acesso: 02-07-15.

MOHANAN, T.; MOHANAN, K. P. Towards a Theory of Constraints in OT: Emergence of the not-so-unmarked in Malayalee English. 2003. Disponível em: http://roa.rutgers.edu/files/601-0503/601-0503-MOHANAN-0-0.PDF, acesso: 28-09-2015.

PATER, J.; WERLE, A. Typology and variation in child consonant harmony. In: FÉRY, C.; DUBACH GREEN, A.; VAN DE VIJVER, R. (Eds.). Proceedings of the 5th HIL Phonology Conference (pp. 119-139). Potsdam: University of Potsdam. 2001.

PRINCE, A.; SMOLENSKY, P. Optimality Theory: constraint interaction in generative grammar. 1993. In: McCARTHY, J. Optimality Theory in Phonology. Oxford: Blackwell Publishing, 2004.

SANKOFF, D.; TAGLIAMONTE, S.; SMITH, E. Goldvarb X: a variable rule application for Macintosh and Windows. Department of Linguistics. University of Toronto, 2014.

SCHMITT, B.; ALVES, U. K. The acquisition of /p/ and /k/ word-mid codas of English (L2) by leaners from Southern Brazil (L1): a gestural analysis in stochastic optimality theory. Letrônica, Porto Alegre, v. 7, n. 2, p. 765-794, jul./dez., 2014.

SELKIRK, E. The Syllable. In: HULST; SMITH. (eds.). The Structure of Phonological Representations (Part II). Dordrecht Foris. p. 337-383. 1982.

SELINKER, L. Language Transfer. General Linguistics, n.9 (2), p.67-92, 1969.

______. Rediscovering Interlanguage. NY: Longman, 1994.

WEINREICH, U; LABOV, W.; HERZOG, M. I. Fundamentos Empíricos para uma Teoria da Mudança Linguística. Trad. de Marcos Bagno. São Paulo: Parábola Editorial, [1968] 2006.

ZIMMER, M. C.; ALVES, U. K. A produção de aspectos fonéticos/fonológicos da L2: instrução explícita e conexionismo. Revista Linguagem e Ensino, Pelotas, v. 9, n. 2, p. 101-143, 2006.

Publicado

2016-06-27

Cómo citar

GUTIERRES, A. A aquisição fonológica variável da nasal velar por aprendizes de inglês-l2: análise pela Teoria da Otimidade Estocástica. Domínios de Lingu@gem, Uberlândia, v. 10, n. 2, p. 646–672, 2016. DOI: 10.14393/DL22-v10n2a2016-10. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/dominiosdelinguagem/article/view/31883. Acesso em: 31 ago. 2024.