Análise do conector “mas” e seus distintos sentidos sob o viés da Teoria dos Blocos Semânticos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/DLv17a2023-11

Palavras-chave:

Argumentação, Enunciado, Conector “Mas”, Blocos Semânticos

Resumo

O sentido de um enunciado é determinado a partir dos argumentos expressos nele, encadeados por meio de conectores. Com base nisso, este estudo analisa como é desencadeado o sentido do conector “mas” no enunciado de anúncios publicitários de instituições bancárias brasileiras. Isto é, como o conector “mas” ganha diferentes sentidos de acordo com a construção do enunciado. As análises podem ser utilizadas para a realização de um trabalho mais eficaz com textos na Educação Básica. Como suporte para as análises, foram utilizados os apontamentos de Ducrot e Carel (2008), Carel (2005; 2009) e de outros pesquisadores da área da Semântica Argumentativa. Os resultados obtidos revelam que, a depender da construção do enunciado, o conector analisado pode desencadear diferentes sentidos, ora inclinados à transgressividade ora à normatividade. Portanto, as análises podem ser úteis para orientar o trabalho docente, uma vez que o sentido pode ser analisado a partir da organização dos elementos linguísticos do enunciado.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Francismar Furlanetto, Universidade de Passo Fundo

Mestrando em Letras do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade de Passo Fundo (UPF).

Gisele Benck de Moraes, Universidade de Passo Fundo

Doutora em Linguística Aplicada pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Professora Titular II do Programa de Pós-Graduação em Letras e do Curso de Letras da Universidade de Passo Fundo (UPF). 

Referências

BARBISAN, L. B.; TEIXEIRA, M. Polifonia: origem e evolução do conceito em Oswald Ducrot. Organon, Porto Alegre, v. 16, n. 32-33, p. 161-180, 2002. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/organon/article/view/29792/18411. Acesso em: 25 mar. 2022. DOI https://doi.org/10.22456/2238-8915.29792

CAREL, M. Argumentação interna aos enunciados. Letras de Hoje, Porto Alegre, v. 37, n. 3, p. 27-43, set. 2002. Disponível em: https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fale/article/view/14222/9432. Acesso em: 25 mar. 2022.

CAREL, M. O que é argumentar? Desenredo, Passo Fundo, v. 1, n. 2, p. 77-84, jul./dez. 2005. Disponível em: http://seer.upf.br/index.php/rd/article/view/488/299. Acesso em: 25 mar. 2022.

CAREL, M. Análise argumentativa do léxico: o exemplo da palavra ‘medo’. Letras de Hoje, Porto Alegre, v. 44, n. 1, p. 26-35, jan./mar. 2009. Disponível em: https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fale/article/view/5649/4117. Acesso em: 25 mar. 2022.

DUCROT, O. A pragmática e o estudo semântico da língua. Letras de Hoje, Porto Alegre, v. 40, n. 1, p. 9-21, mar. 2005. Disponível em: https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fale/article/view/13721/9105. Acesso em: 25 mar. 2022.

DUCROT, O.; CAREL, M. Descrição argumentativa e descrição polifônica: o caso da negação. Letras de Hoje, Porto Alegre, v. 43, n. 1, p. 7-18, jan./mar. 2008. Disponível em: https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fale/article/view/2865/2804. Acesso em: 25 mar. 2022.

GRAEFF, T. F.; COSTENARO, S. Análise de mal-entendidos em diálogos. Calidoscópio, São Leopoldo, v. 7, n. 2, p. 155-160, maio/ago. 2009. Disponível em: http://revistas.unisinos.br/index.php/calidoscopio/article/view/4867/2123. Acesso em: 25 mar. 2022. DOI https://doi.org/10.4013/cld.2009.72.07

MORAES, G. B. Pero, sino e sin embargo: duas descrições e implicações pedagógicas. Passo Fundo: UPF Editora, 2008.

PAULIUKONIS, M. A. L. Conectores de oposição: reflexões e propostas para o ensino. Gragoatá, Niterói, v. 19, n. 36, p. 28-42, 2014. Disponível em: https://periodicos.uff.br/gragoata/article/view/32982/18969. Acesso em: 25 mar. 2022. DOI https://doi.org/10.22409/gragoata.v19i36.32982

VEJA. Seguro Itaú Vida. Revista Veja [recurso eletrônico]. Agência DM9. São Paulo, 2010. Disponível em: https://quasepublicitarios.wordpress.com/tag/comunicacao/page/11/. Acesso em: 25 mar. 2022.

VEJA. Agora que seu salário é livre, escolha não só seu banco, mas como quer se relacionar com ele. Revista Veja [recurso eletrônico]. Agência Talent. São Paulo, 2012. Disponível em: https://www.propagandasemrevistas.com.br.desafiodocodigo.com.br/propaganda/6724/. Acesso em: 25 mar. 2022.

VOGT, C. De magis a mas: uma hipótese semântica. In: VOGT, C. Linguagem, pragmática e ideologia. São Paulo: Funcamp, 1980. p. 103-128.

Downloads

Publicado

02.01.2023

Como Citar

FURLANETTO, F.; MORAES, G. B. de. Análise do conector “mas” e seus distintos sentidos sob o viés da Teoria dos Blocos Semânticos. Domínios de Lingu@gem, Uberlândia, v. 17, p. e1711, 2023. DOI: 10.14393/DLv17a2023-11. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/dominiosdelinguagem/article/view/65336. Acesso em: 26 jul. 2024.