Informação, memória enformada pela escrita: um diálogo da história com a linguística sociocognitiva
Palavras-chave:
História da Informação, Linguística Histórica, oralidade e escrita, teoria das metáforas conceptuaisResumo
"Eras da informação" emergiriam sistematicamente "no limite entre oralidade e escrita", no contexto de novas formas de organizar um novo mundo abstrato mental, consequência da "fundamental diferença" entre os processos orais e letrados de abstração: "os orais são 'participatórios e não reflexivos'", pois se organizam em torno da "pouca distância" que o "conhecedor" tem do "conhecido". Com o distanciamento que a escrita exige, surge o conceito de informação como um objeto mental abstraído do fluxo de experiência. Esta estabilidade é inerente ao duplo movimento de abstração que sustenta o conceito: para criar um objeto mental, é preciso primeiro afastá-lo da experiência e tomá-lo de uma distância crítica que fixa seus aspectos (HOBART; SCHIFFMAN, 2000, p.30). Circunscrevemos nossa análise em uma "história da informação" enquanto "ciência da mutação e da explicação da mudança" (LE GOFF, 1990p, 15-16), mais especialmente nas estruturas subjacentes às mudanças. A partir dos pressupostos teóricos da Linguística Sociocognitiva, particularmente do conceito de mapeamento (mapping) metafórico, demonstramos que a escrita, de fato, promove pelo menos um efeito discursivo estruturado na cognição: induz a noção de que as palavras têm conteúdo.Downloads
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