A questão do acesso aos serviços de orientação técnica no Brasil e no estado de Goiás
uma análise espaço-temporal dos dados dos Censos Agropecuários de 2006 e 2017
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCT153509Resumo
Buscou-se analisar, neste artigo, em que medida os investimentos e ações feitos entre 2003 e 2017 pelo governo federal no serviço extensionista lograram êxito na consecução satisfatória de seus objetivos. Para isso, recorremos à análise de um conjunto de dados dos Censos Agropecuários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2006 e 2017. O recorte espacial de investigação compreendeu o Brasil, o estado de Goiás e suas cinco Mesorregiões Geográficas. A partir da análise dos dados, constatamos que a retomada dos investimentos federais no serviço extensionista não foi suficiente para promover a universalização e a democratização de seu acesso no país, nem tampouco possibilitou a expansão dos sistemas de produção menos nocivos ao ambiente e à saúde humana, inviabilizando, assim, a construção de um modelo de desenvolvimento rural sustentável, solidário e equitativo no campo brasileiro. Para mitigar ou mesmo superar as questões evidenciadas neste trabalho, urge construir e articular estratégias visando garantir o acesso à orientação técnica de qualidade e em quantidade necessária às demandas dos agricultores, buscando promover um novo modelo de desenvolvimento fundamentado em sistemas de produção mais autônomos, resilientes e sustentáveis.