https://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/issue/feed Revista Campo-Território 2024-07-15T11:42:22-03:00 João Cleps Junior jcleps@ufu.br Open Journal Systems <p>A Campo-Território: revista de Geografia Agrária, criada em 2006, registrada sob o número ISSN:1809-6271, é uma publicação do grupo de pesquisadores brasileiros de Geografia Agrária. A revista é editada quadrimestralmente e em caráter excepcional, poderá haver também números especiais. Sendo veículo de registro e divulgação científica, tem como objetivos: a) publicar trabalhos inéditos de revisão crítica sobre tema pertinente à Geografia Agrária e áreas afins ou resultados de pesquisas de natureza empírica, experimental ou conceitual; b) fomentar o intercâmbio de experiências em sua especialidade com outras Instituições, nacionais ou estrangeiras, que mantenham publicações congêneres; c) defender e respeitar os princípios do pluralismo de ideias filosóficas, políticas e científicas.</p> https://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/72956 Vozes contemporâneas em defesa do agronegócio 2024-05-09T14:01:04-03:00 Zuleika Alves de Arruda arrudazu@yahoo.com <p>O objetivo desse trabalho é trazer para o debate geográfico como as práticas discursivas das Agroligadas, organização formada por um grupo de mulheres, as quais buscam não apenas estratégias para promover a imagem positiva do agronegócio, mas também para mobilizar práticas espaciais (materiais, simbólicas, corporais e educativas), ou seja, produtoras de espacialização e territorialidades. O recorte analítico pautou-se na análise das formulações e práticas discursivas contidas na plataforma comunicacional (site e Instagram) das Agroligadas, mediante um diálogo entre a <em>teoria do espaço</em>, proposta por Lefebvre (representação do espaço, espaço representacional e práticas espaciais), as noções de <em>habitus</em> e <em>poder simbólico</em> para Bourdieu e de <em>formulações discursivas</em> e <em>poder </em>para Foucault. O espaço social desvela-se como um território simbólico impregnado de uma rede complexa de saber/poder que são manifestadas nas formulações e/ou práticas discursivas, permeadas de contradições, conflitos e dominação desses sujeitos que possuem a intencionalidade de preservar o poder hegemônico da elite patronal e, consequentemente, a reprodução ampliada do capital.</p> 2024-07-15T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Campo-Território https://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/72937 Territorialização da agroecologia em redes alimentares alternativas 2024-05-14T11:08:35-03:00 Raul Miranda raul.almiranda@gmail.com Luciana Travassos luciana.travassos.ufabc@gmail.com <p>Nas atuais disputas por uma superação dos problemas gerados pelo sistema alimentar industrial hegemônico, uma poderosa fonte para construção e sustentação de um paradigma transformador é a agroecologia. A capacidade do aumento de escala das experiências agroecológicas tem sido cada vez mais presente nos recentes debates, sendo reconhecida a forte influência das dinâmicas territoriais atuantes nos sistemas alimentares. Portanto, compreendendo-se a multidimensionalidade da agroecologia e dos territórios, o aumento de escala da agroecologia é assumido como um processo de territorialização. Quando se discute esse desafio, sobretudo em regiões que possuem um relevante mercado consumidor, é destacado o papel das redes alimentares alternativas. Estas são uma forma abrangente de classificar diferentes tipos de cadeias de abastecimento que aproximam os produtores dos consumidores, tais como os circuitos curtos e os mercados imersos. Em vista disso, o artigo pretende contribuir com uma proposta metodológica de investigação empírica a respeito da territorialização da agroecologia quando as redes alimentares alternativas se fazem presentes. Isso é feito a partir da elaboração e apresentação de doze fatores que favorecem a territorialização da agroecologia em redes alimentares alternativas.</p> 2024-07-15T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Campo-Território https://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/73102 Análise da distribuição do crédito rural nas regiões da Campanha e Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul 2024-05-09T14:31:39-03:00 Juliano Luiz Fossá j.fossa@gmail.com Alessandra Troian alessandratroian@unipampa.edu.br <p>O crédito rural é o principal instrumento de apoio à agropecuária brasileira, e se coloca como elemento determinante no processo produtivo. Neste sentido, a pesquisa visa analisar a distribuição do crédito rural nas regiões da Campanha e Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul entre 2013 e 2023. Em relação a abordagem metodológica, a pesquisa classifica-se como quantitativa. A delimitação da pesquisa se deu nos 20 municípios pertencentes às regiões da Campanha e da Fronteira Oeste do estado do Rio Grande do Sul. A análise discorreu sobre o montante de recursos, número de contratos, valor médio das operações e principais produtos financiados. Foram contemplados os recursos das Linhas Tradicionais, do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor (Pronamp) e Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Os principais resultados apontam para crescimento de 47,3% dos recursos no período, o qual totalizou R$ 57,3 bilhões. Em relação ao número de contratos, ocorreu redução de 20,6%, passando de 24.618 em 2013 para 19.536 no ano de 2023. Além disso, os dados demonstraram que os principais produtos financiados em termos de custeio foram: bovinos, arroz, soja, trigo e milho. Por fim, considera-se que a política pública de crédito rural nas regiões estudadas segue a lógica institucional do Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR), fortalecendo a especialização produtiva, a monocultura e a concentração dos recursos em poucos produtos, vinculados às grandes cadeias do agronegócio.</p> 2024-07-15T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Campo-Território