https://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/issue/feedRevista Campo-Território2023-03-13T16:53:13-03:00João Cleps Juniorjcleps@ufu.brOpen Journal Systems<p>A Campo-Território: revista de Geografia Agrária, criada em 2006, registrada sob o número ISSN:1809-6271, é uma publicação do grupo de pesquisadores brasileiros de Geografia Agrária. A revista é editada quadrimestralmente e em caráter excepcional, poderá haver também números especiais. Sendo veículo de registro e divulgação científica, tem como objetivos: a) publicar trabalhos inéditos de revisão crítica sobre tema pertinente à Geografia Agrária e áreas afins ou resultados de pesquisas de natureza empírica, experimental ou conceitual; b) fomentar o intercâmbio de experiências em sua especialidade com outras Instituições, nacionais ou estrangeiras, que mantenham publicações congêneres; c) defender e respeitar os princípios do pluralismo de ideias filosóficas, políticas e científicas.</p>https://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/67462Trabalho escravo feminino e narrativas de trabalhadoras rurais no Brasil2023-01-06T18:53:00-03:00Sávio José Dias Rodriguessaviodiasbr@hotmail.comAmanda Ribeiro Bezerraamandaribeirob@hotmail.com<p>Análise das formas de precarização e do aliciamento para o trabalho escravo de mulheres, a partir de dados de resgatadas de trabalho escravo e de relatos de trabalhadoras e suas experiências em situações de migração. Utilizamos revisão bibliográfica em torno da questão de gênero, além de sistematização de dados da Comissão Pastoral da Terra para categorizar e diferenciar trabalhadoras resgatadas de trabalho escravo e entrevistas com trabalhadoras migrantes. Os dados apontam um pequeno número de trabalhadoras que são resgatadas. Essa baixa incidência, tem uma forte relação com uma naturalização de trabalhos precários para mulheres, sobretudo, os trabalhos domésticos. Os relatos apontam situações de trabalho doméstico que reserva à mulher a condição de subalterna.</p>2023-03-13T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Revista Campo-Territóriohttps://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/66621Sucessão geracional na agricultura familiar2022-11-30T09:33:56-03:00Fernando Pannofpanno@ufsm.brJoão Armando Dessimon Machadojoao.dessimon@ufrgs.br<p>O artigo busca retratar particularidades que permeiam as decisões dos agricultores familiares do município de Frederico Westphalen, situado na região noroeste do Rio Grande do Sul. O tema gerador da investigação é a sucessão geracional, sob a ótica da teoria da decisão e orientações de valor, elencando os diferentes fatores que influenciam sucessores (jovens) e sucedidos (agricultores responsáveis pela propriedade) nesse processo. Para alcançar este propósito, além de análises bibliográficas e documentais acerca do tema e suas particularidades, foi aplicado um questionário a 50 jovens e a 50 agricultores, buscando compreender os direcionamentos decisórios destes atores sobre sucessão. Os dados coletados foram tabulados com o suporte estatístico do programa <em>Statistical Package for the Social Science</em> (SPSS), gerando cruzamentos e informações relevantes acerca do tema e suas relações com o futuro das propriedades rurais familiares. O estudo classifica esses jovens e agricultores dentro das orientações de valor de Gasson (1973): instrumental, social, expressiva e intrínseca. Comparando as orientações de agricultores e jovens, tem-se uma importante diferença de percepção, através de variáveis que influenciam o processo decisório dos atores e suas percepções e orientações de valor.</p>2023-03-13T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Revista Campo-Territóriohttps://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/67133Expansão capitalista e conflitos territoriais no semiárido brasileiro no século XXI2023-02-06T15:03:23-03:00José Carlos Dantasj_c_dantas@hotmail.comCarlos Alberto Felicianocacafeliciano@gmail.com<p>O conflito se constitui como parte intrínseca à formação territorial do semiárido brasileiro, desde a invasão europeia aos territórios de povos originários até o período atual da acumulação capitalista. Este texto objetiva relacionar a expansão do capitalismo no espaço agrário do semiárido brasileiro no século XXI com os conflitos territoriais produzidos durante esse processo. Utilizamos a pesquisa bibliográfica, a coleta e sistematização de dados secundários e trabalhos de campo durante a realização da pesquisa. Identificamos que o movimento de expansão do capitalismo no campo está intimamente associado à produção de conflitos territoriais entre as classes sociais envolvidas: de um lado estão as classes dominantes, representadas pelos capitalistas e latifundiários; e de outro está o campesinato. Por fim, constatamos que os conflitos territoriais no semiárido brasileiro são resultantes das práticas de violência das classes dominantes e das ações de resistência do campesinato.</p>2023-03-13T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Revista Campo-Territóriohttps://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/66819Desenvolvimento sustentável na agricultura familiar2023-01-20T10:40:20-03:00Caroline Viganóvigano.carol@gmail.comMarcio Gazollamarciogazolla1@gmail.comLarisse Medeiros Gonçalveslarisse.medeiros@hotmail.comCristiane Maria Tonetto Godoyguriaccr28@gmail.com<p>O objetivo geral deste estudo foi selecionar e construir indicadores de desenvolvimento sustentável (DS) na agricultura familiar (AF) leiteira, de forma a proceder a avaliação dos processos e práticas multidimensionais de sustentabilidade. A elaboração deste trabalho ocorreu a partir de uma pesquisa de campo realizada em 10 unidades produtivas de agricultores familiares da pecuária leiteira, da Comunidade Passo da Ilha, no Município de Pato Branco/PR. Para operacionalizar a avaliação da sustentabilidade foram identificados na literatura através de uma pesquisa bibliográfica, 79 indicadores. Destes, foram selecionados e propostos 31 indicadores nas três dimensões do DS da AF (econômica, social e ambiental). Os dados foram coletados mediante a aplicação de um questionário, entrevista semiestruturada, observações e diário de campo, que foram analisados quanti e qualitativamente. Os principais resultados obtidos evidenciam que o DS das experiências investigadas corresponde a um nível médio de sustentabilidade com nota 2,4, em uma escala de 1 a 4. Os indicadores mais fragilizados são os ganhos econômicos nos canais de comercialização, valor agregado da produção, práticas de saneamento básico e pretensão em continuar atividades da UP, que apresentaram as menores notas. Os indicadores com melhores resultados são a renda bruta per capita anual, qualidade da moradia dos agricultores e as práticas sustentáveis das unidades de produção. Enfatiza-se que indicadores de DS são instrumentos importantes de planejamento dos atores sociais regionais e seu acompanhamento e avaliação constantes, podem fornecer subsídios valiosos para as instituições e as políticas públicas que visam o desenvolvimento sustentável na agricultura familiar.</p>2023-03-13T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Revista Campo-Territóriohttps://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/67388A produção sucroenergética na MRG de Ituiutaba, Minas Gerais2023-01-06T18:49:17-03:00Matheus Eduardo Souza Teixeiramatheuseduardo002@gmail.comMirlei Fachini Vicente Pereiramirleiufu@gmail.com<p>Na microrregião de Ituiutaba, extremo oeste do estado de Minas Gerais, plantio e processamento industrial da cana-de-açúcar se fortalecem na virada do século XXI, mas, já na segunda década, a produção também é marcada por instabilidades, reveladas nas constantes trocas dos agentes que controlam o setor. Deste modo, o objetivo do trabalho é avaliar as implicações da expansão do setor sucroenergético na Microrregião Geográfica (MRG) de Ituiutaba, as expressões indicativas de instabilidade do mesmo, bem como as estratégias de seus agentes. Realizamos coleta de dados secundários e pesquisa de campo, com o intuito de reunir informações acerca dos grupos sucroenergéticos, bem como avaliar as implicações territoriais da atividade. A área de estudo possui atualmente três usinas sucroenergéticas em funcionamento, responsáveis pelo beneficiamento de quase toda a cana-de-açúcar plantada na região. A dinâmica recente dos grupos investigados revela que a atual instabilidade do setor os obriga a tornar a atividade mais lucrativa, o que aparentemente se realiza a partir do controle da produção por grupos com maior expertise de gestão, mais competitivos e capitalizados, o que resultou na atração de agentes de capital aberto.</p>2023-03-13T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Revista Campo-Territóriohttps://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/67164Dinâmica da ocupação e formação do território na região do médio Araguaia, no sudoeste tocantinense e a expansão da produção de grãos2023-01-30T14:53:35-03:00Roberta Mara de Oliveira Vergararobertaoliveira@uft.edu.brRodolfo Alves da Luzrodolfodaluz@uft.edu.brFernán Enrique Vergara Figueroavergara@uft.edu.br<p>O artigo apresenta uma reflexão sobre a dinâmica de ocupação e a formação do território na região do médio Araguaia, no sudoeste tocantinense, considerando o papel fundamental e estruturador da agricultura irrigada para a produção de grãos. A disponibilidade de recursos hídricos, possibilitou que a região se tornasse uma das maiores produtoras de grãos, arroz e soja, do Estado e de maior representatividade no contexto nacional. A presente pesquisa, analisou a evolução do uso e ocupação da terra ao longo de 30 anos, no período de 1988 a 2018, considerando que a ocupação pela monocultura de grãos ocorreu no início da década de 1980, época em que não contemplava nenhum estudo de impacto ambiental de médio e longo prazo, para o modelo agrícola adotado. As consequências, como o conflito pelo uso da água, em razão da substituição de áreas florestadas por pastagem e agricultura impactaram o ciclo hidrológico na região, alterando na quantidade e distribuição de chuvas. O conhecimento da dinâmica das transformações ocorridas, possibilita tomadas de decisões e estratégias que vissem a melhor gestão dos recursos hídricos, uma vez que a região depende dos sistemas de irrigação para garantir a produção de grãos.</p>2023-03-13T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Revista Campo-Territóriohttps://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/67443Territorialização do capital agroflorestal sobre o uso da terra na Região Tocantina do Maranhão, Brasil2023-01-30T16:19:13-03:00Allison Bezerra Oliveiraallisonbzr@gmail.comDiego Armando de Sousa Pazd.armando147@gmail.comJosé Sérgio de Jesus Sallesjose.salles@uemasul.edu.br<p>O objetivo principal do artigo é analisar o processo de territorialização do capital agroflorestal sobre o uso da terra em municípios produtores de eucalipto na Região Tocantina do Maranhão. Metodologicamente, o trabalho foi divido em três etapas: a) geração de dados secundários; b) geração de dados primários; e, por fim, c) o desenvolvimento literário, conjuntamente com a compilação dos resultados, a partir da análise e sistematização dos dados coletados. Os resultados obtidos apontam que há um avanço da fronteira agroflorestal na Região Tocantina do Maranhão, o qual conta com diversos meios de apropriação como compra, arrendamento, especulação, grilagem etc. Dessa forma, criam-se novas condições de uso da terra, que implicam alterações das relações do sujeito no território, subordinando antigas formas de uso ao grande capital agroflorestal.</p>2023-03-13T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Revista Campo-Territóriohttps://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/67658A resiliência da agricultura familiar e das feiras livres2022-12-22T09:03:37-03:00Aline Calegari de Andradealineprograd@gmail.comJoelma Cristina dos Santosjoelma.santos@ufu.br<p>A pandemia da COVID-19 trouxe consequências devastadoras, instalando uma crise mundial sem precedentes. Para o segmento econômico dos agricultores familiares entraves históricos como a falta de políticas públicas mais efetivas, além das dificuldades enfrentadas na comercialização associaram-se durante a pandemia a fatores como a suspensão das feiras livres, fechamento de estabelecimentos alimentícios e interrupção do fornecimento da merenda escolar. Garantir a renda tornou-se um desafio para o pequeno produtor. O objetivo geral deste artigo é compreender os efeitos da pandemia de COVID-19 no cotidiano dos agricultores familiares feirantes do município de Ituiutaba-MG. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica, além da análise dos decretos publicados pela Prefeitura Municipal de Ituiutaba que surtiram efeito sobre o grupo estudado. Na pesquisa de campo, entrevistou-se 50 agricultores familiares feirantes. Realizou-se ainda duas entrevistas com órgãos ligados à categoria. Constatou-se que 78% dos agricultores entrevistados registraram diminuição do volume de vendas. Isto reforça a necessidade de fomentar novas formas de comercialização para o segmento e sugere a realização de estudos futuros para viabilizá-las.</p>2023-03-13T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Revista Campo-Território