https://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/issue/feed Revista Campo-Território 2024-11-27T10:36:40-03:00 João Cleps Junior jcleps@ufu.br Open Journal Systems <p>A Campo-Território: revista de Geografia Agrária, criada em 2006, registrada sob o número ISSN:1809-6271, é uma publicação do grupo de pesquisadores brasileiros de Geografia Agrária. A revista é editada quadrimestralmente e em caráter excepcional, poderá haver também números especiais. Sendo veículo de registro e divulgação científica, tem como objetivos: a) publicar trabalhos inéditos de revisão crítica sobre tema pertinente à Geografia Agrária e áreas afins ou resultados de pesquisas de natureza empírica, experimental ou conceitual; b) fomentar o intercâmbio de experiências em sua especialidade com outras Instituições, nacionais ou estrangeiras, que mantenham publicações congêneres; c) defender e respeitar os princípios do pluralismo de ideias filosóficas, políticas e científicas.</p> https://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/76106 Apropriação, controle e estrangeirização da terra na América do Sul 2024-11-25T09:33:45-03:00 Valdemar João Wesz Junior jwesz@yahoo.com.br Andrea Patricia Sosa Varrotti andreapatriciasosa@gmail.com Gabriel Oyhantçabal Benelli gaboyha@fagro.edu.uy <p>O século XXI tem sido marcado por intensas transformações em nível global, com destaque ao processo de ressignificação da terra e dos recursos naturais nas dinâmicas capitalistas. Entre as principais faces desse movimento está a apropriação de grandes extensões de terra por meio de uma variedade de mecanismos e formas de controle, que a literatura tem reconhecido como “<em>land grabbing</em>” ou “<em>acaparamiento de tierras</em>”. Parte desta dinâmica tem se dado via o controle da terra por atores estrangeiros que, embora as análises iniciais tenham se centrado nos investidores do Norte no Sul global, estudos recentes reforçam a atuação e a presença dos atores regionais. Este é justamente o foco desta edição especial da Revista Campo - Território, que olha de maneira específica para a atuação destes investidores nas dinâmicas de apropriação, controle e estrangeirização da terra na América do Sul. Este dossiê conta com oito artigos, com autores provenientes de diferentes instituições (nacionais e internacionais) e de várias áreas de formação, que tratam situações de distintos países da região (Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Chile, Colômbia e Venezuela) e de variados segmentos (agrícola, pecuário, florestal, imobiliário, entre outros). Ao partir de diferentes casos, temas e perspectivas, os textos mostram que ainda há muitas arestas no tema do <em>land grabbing</em> que merecem maior atenção e profundidade.</p> 2024-11-27T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Campo-Território https://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/76128 Expediente Edição 57 2024-11-27T10:36:40-03:00 Eleusa Fátima de Lima eleusa@ufu.br João Cleps Junior jcleps@ufu.br Valdemar João Wesz Junior jwesz@yahoo.com.br <p>Expediente da Edição Especial "Apropriação, controle e estrangeirização da terra na América do Sul: uma análise dos atores regionais".</p> 2024-11-27T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Campo-Território https://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/74896 Estrangeirização de terras no Brasil contemporâneo 2024-09-03T12:01:05-03:00 Karina Yoshie Martins Kato anirakato@yahoo.com Jessica Siviero Vicente jessicasiviero@gmail.com Sergio Pereira Leite sergiopereiraleite@uol.com.br <p>O tema da estrangeirização de terras ganhou destaque no início do século XXI, acompanhando o crescente interesse do capital internacional pelos ativos fundiários e recursos naturais após a crise financeira de 2008. No Brasil, a estrangeirização dos imóveis rurais obteve espaço nos círculos políticos e midiáticos (além de se tornar objeto de pesquisas acadêmicas), chamando a atenção para os riscos que esse processo traria à soberania nacional, à garantia da segurança alimentar e, de forma mais geral, à sustentabilidade. O presente artigo procura refletir sobre os desafios teórico-metodológicos da estrangeirização de terras no Brasil contemporâneo, destacando os atores envolvidos (globais e regionais), os setores para os quais se dirigem esses investimentos e problematizando potenciais desdobramentos nos territórios. O enquadramento deste fenômeno em uma chave de leitura mais ampla como <em>land grabbing</em> (açambarcamento ou apropriação de terras) nos permite refletir sobre o fenômeno de uma perspectiva histórico-processual, sem perder de vista suas particularidades contemporâneas. Considerando as subnotificações nos dados oficiais do Estado brasileiro e as dificuldades de acesso a informações confiáveis, entre 2017 e 2020 analisamos 224 casos de empresas, companhias de capital aberto ou fundos de investimento, com participação de capital estrangeiro em sua composição, que são proprietários de terras ou controlam terra no Brasil, correspondendo a cerca de 9,1 milhões de hectares, número três vezes maior do que as estimativas oficiais.</p> 2024-11-27T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Campo-Território https://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/75055 Financeirização da agricultura e renda da terra 2024-09-23T08:30:54-03:00 Samuel Frederico sfrederico@rc.unesp.br Rodrigo Cavalcanti do Nascimento rodricn80@gmail.com <p>O início do século XXI foi marcado pela presença ainda mais significativa do capital financeiro na agricultura e no mercado de terras mundial. As inversões destinaram-se a países de dinamismo agrícola e com a disponibilidade de espaços para a expansão da produção intensiva de <em>commodities</em> como o Brasil e a Argentina. Os investimentos não se restringiram aos tradicionais movimentos Norte-Sul, incluíram também inversões cruzadas entre países do Sul Global, como no caso sul-americano. Este artigo analisa a gênese e as estratégias transfronteiriças de acumulação da empresa argentina Cresud e de sua filial brasileira, a Brasilagro. Além de revisão bibliográfica, foram levantados dados primários por meio de entrevistas semiestruturadas e secundários em relatórios corporativos das empresas analisadas. O artigo revela como a associação entre megaempresas argentinas e o capital financeiro possibilitou uma expansão territorial, com movimentos transfronteiriças, assim como estreitou as lógicas de apropriação e especulação entre o imobiliário urbano e agrícola. Enfatiza também como a financeirização é um dinâmica inerente ao desenvolvimento capitalista ao demonstrar a indissociabilidade entre o capital rentista e produtivo, assim como a busca pela transformação da terra em ativo financeiro.</p> 2024-11-27T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Campo-Território https://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/74620 Caracterización del proceso de arribo, consolidación y retracción de las empresas argentinas en el control de las tierras y de la producción de granos en Uruguay 2024-09-17T09:05:25-03:00 Pedro Arbeletche arbe19@fagro.edu.uy Martine Guibert martine.guibert@gmail.com <p>A comienzos del siglo XXI, Uruguay conoció el arribo de productores extranjeros, en buena parte oriundos de Argentina, con una capacidad relevante de inversión financiera y de innovación organizacional que les permitieron acceder y controlar la tierra y la producción de granos. Su forma y sus estrategias de organización de la actividad provocaron cambios profundos en el agro uruguayo que se perciben aún, a pesar de su retracción a partir de mediados de la década 2010. El enfoque es inductivo con el objetivo de caracterizar el modelo productivo introducido por las empresas argentinas de gran escala y las repercusiones para el agro uruguayo. El artículo sintetiza una investigación de largo plazo, con la revisión de las entrevistas realizadas durante 25 años y de los trabajos publicados, y de la literatura existente.</p> 2024-11-27T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Campo-Território https://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/74754 La conquista del Chaco 2024-09-17T09:08:38-03:00 Gabriel Oyhantçabal Benelli gaboyha@fagro.edu.uy Soledad Figueredo Rolle sfigueredo@fagro.edu.uy Lucía Sabia Suárez lsabia@fagro.edu.uy Valdemar João Wesz Junior jwesz@yahoo.com.br <p>A comienzos del siglo XXI el agro sudamericano atravesó profundas transformaciones dinamizadas por la expansión del llamado modelo de los agronegocios. Este implicó el despliegue de una lógica globalizadora en las agriculturas del Sur, con protagonismo de capitales extranjeros que dinamizaron lo que se conceptualizó como <em>land grabbing.</em> Entre otros, capitales regionales lideraron la expansión de rubros como la soja y la ganadería hacia ecosistemas poco antropizados como la Amazonia, el Cerrado y el Gran Chaco. En el Chaco paraguayo, se ha reportado la expansión de capitales uruguayos en la compra-venta de tierras y/o la producción de ganado. En diálogo con los debates contemporáneos sobre procesos de expansión del capital y de la frontera de <em>commodities, </em>este artículo busca comprender: (i) los motivos que tornan al Chaco paraguayo un destino atractivo de inversiones regionales y (ii) los factores que dinamizaron la expansión de capitales uruguayos en este <em>locus</em>. El análisis ofrece una reconstrucción de tres temporalidades en las que se distinguen estrategias diferenciales adoptadas por los capitales uruguayos, las que expresan cambios en el contexto de negocios a nivel regional y nacional. Adicionalmente, se evidencia que este proceso resulta de la conjunción de la expansión de los agronegocios, la suba del precio de la tierra y el agotamiento de la frontera agropecuaria en Uruguay; de la condición de frontera de <em>commodities </em>del Chaco y las políticas favorables a la inversión extranjera en Paraguay; y de los vínculos gremiales, sociales y empresariales entre las élites ganaderas de ambos países.</p> 2024-11-27T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Campo-Território https://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/74882 Controle do território paraguaio: um novo regime sob a égide da narrativa da mudança do clima? 2024-09-18T09:41:46-03:00 Lorena Izá Pereira lorena.izap@gmail.com <p>O controle do território é um processo geográfico e histórico, apresentando singularidades no espaço e no tempo, estas resultantes de dinâmicas multiescalares em interação. Na América do Sul, a primeira manifestação da apropriação de terras para fins de acumulação do capital é a própria colonização. Desde então, a região tem experimentado diferentes regimes de controle do território. O Paraguai não está alheio a essa lógica. Desde o final da guerra da Tríplice Aliança (1870) o país é palco de sucessivos regimes de controle do território. Na atualidade a aceleração das mudanças climáticas e a institucionalização da questão ambiental promovem a criação de narrativas para justificar o controle de novos territórios e o estabelecimento de novos mercados, formando um novo regime de controle do território. Assim, o objetivo deste artigo é debater sobre a atualidade do processo de controle do território paraguaio, verificando se a agenda ambiental tem promovido um novo regime de controle do território no país. Após a utilização de metodologias qualitativas e quantitativas foi possível verificar uma modificação nas narrativas que legitimam a apropriação de terras no país em direção a agenda verde e que reverbera, em parte, nas territorialidades, mas não há uma mudança nas estratégias de acesso e controle. Enquanto isso, o Paraguai continua ocupando destaque na lista de países com a maior concentração fundiária do globo.</p> 2024-11-27T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Campo-Território https://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/74970 Empresas transnacionales forestales chilenas en América del Sur 2024-08-26T08:57:21-03:00 Fernando Romero Wimer fernandogromero@gmail.com Paula Fernández Hellmund paula.fernandez@unila.edu.br <p>El objetivo de este trabajo es analizar la expansión de empresas transnacionales (ETN) forestales chilenas y examinar su relación con procesos de conflictividad socio-ambiental en América del Sur, considerando el acaparamiento de tierras generado por la dinámica capitalista y los mecanismos de apropiación. La metodología de investigación se sustenta, principalmente, en un enfoque cualitativo de la expansión de las ETN forestales chilenas sobre la base de una revisión bibliográfica, leyes y decretos nacionales e información proveniente de las propias compañías. Además, se recurrió a fuentes periodísticas, informes de organizaciones ambientalistas y entrevistas a actores clave. Las principales conclusiones dan cuenta de la adopción de mecanismos tanto jurídico-políticos como económicos para el acaparamiento de tierras y la expansión de las compañías, además de la adopción de diferentes estrategias empresariales frente a la conflictividad socio-ambiental.</p> 2024-11-27T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Campo-Território https://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/74614 No es solo cuestión de hectáreas. Reflexiones sobre el control del territorio de una empresa forestal transnacional en la provincia de Misiones (Argentina) 2024-10-17T12:11:53-03:00 Delia Concepción Ramirez deliaramirezf@gmail.com <p>En este artículo se caracterizan las formas de acceso y control de los recursos que despliega una mega empresa forestal en la región del Alto Paraná misionero, atendiendo en los mecanismos de acaparamiento de la tierra, que en el caso también implican extranjerización, y a las dinámicas globales vinculadas al modelo de agronegocio forestal. El argumento principal que se despliega, a partir de una investigación extensa, es que conjunto de prácticas materiales y simbólicas que refuerzan la presencia de la empresa transnacional en el territorio local y sus patrones de control son nodales para los procesos de acaparamiento de tierras contemporáneos.</p> 2024-11-27T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Campo-Território https://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/74805 El “Cerrado colombiano” en construcción 2024-09-19T10:22:39-03:00 Juanita Cuéllar Benavides juanitacuellarbenavides@gmail.com Afonso Henrique de Menezes Fernandes afonsomenezes@id.uff.br <p lang="es-CO" align="justify">Durante las primeras décadas del siglo XXI se ha constatado un interés creciente en las inversiones en tierras para producción agrícola, para actividades extractivistas, o para fines especulativos, llevando a procesos globales de acaparamiento de tierras. En Colombia, desde la década del 2000, la región de la Altillanura ha sido identificada como el espacio con mayor potencial de expansión agroindustrial, lo que ha llevado a diversos actores a llamarla de “Cerrado colombiano” en alusión a la principal región de expansión del agronegocio brasilero y al papel que Brasil puede jugar en términos de cooperación técnica y de inversión para impulsar el potencial productivo de la región. Así, en este artículo se indaga sobre la expansión del modelo del agronegocio del Cerrado brasilero en dirección a la Altillanura, analizando la forma como Brasil se presenta como referente técnico- productivo, político y simbólico para el desarrollo de las transformaciones en esta región, y cómo algunas grandes empresas brasileras han apostado por este territorio como frente de expansión de sus negocios. Para el desarrollo de este artículo se realizó una revisión bibliográfica y documental sobre el acaparamiento de tierras, el modelo del agronegocio del Cerrado brasilero y los cambios productivos en la Altillanura, incluyendo una revisión sobre los discursos accionados sobre el Cerrado colombiano. El artículo permite concluir cómo, pese a la fuerza del discurso sobre el referente técnico, productivo y simbólico del modelo brasilero, la efectiva presencia de empresas brasileras en la Altillanura aún parece ser modesta y presenta importantes limitaciones.</p> 2024-11-27T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Campo-Território