Dinâmica territorial do setor sucroenergético em Santa Vitória, Minas Gerais
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCT153701Resumo
No início do século XXI, ocorreu uma expansão acelerada no território brasileiro de produção de cana-de-açúcar, devido o projeto dos biocombustíveis, que colocou essa cultura como a principal opção na produção de álcool, criando novas paisagens, novas formas de produção e modificando os usos do território, especialmente, o estado de Goiás e Minas Gerais. O estado de Minas Gerais consolidou-se como um dos maiores produtores de cana-de-açúcar do país, em virtude da implantação de diversas usinas no seu território, com destacada importância para o Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba. Cerca de 9,5% das 746.828.157 toneladas no Brasil, em 2018, foi produzido em Minas Gerais, e destes, 6,93%, produzidas no Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba. A territorialização do setor sucroenergético, num curto espaço de tempo, metamorfoseou a estrutura produtiva, de forma que a cultura da cana-de-açúcar ocupou e ocupa o espaço. Todos esses municípios seguiram a tendência de crescimento desta monocultura em detrimento da diminuição de outras lavouras, promovendo novas territorialidades e novas configurações na paisagem, mediadas por uma lógica de produção globalizada de açúcar, etanol e energia.