Bahia de todos os cantos e recantos
marcas identitárias e culturais na toponímia da Bahia
DOI:
https://doi.org/10.14393/Lex4-v2n2a2017-2Palabras clave:
Onomástica, Toponímia, Municípios baianos, Fichas lexicográfico-toponímicasResumen
Entre os diversos campos de estudos linguísticos, a Onomástica – ramo da Lexicologia que estuda os nomes próprios de pessoas (antropônimos) e de lugares (topônimos) – representa uma fonte de estudo da língua e sua relação com o patrimônio cultural de um povo. Considerando que, em sua formação, além de influências linguísticas, um topônimo recebe interferências externas, originárias de condições geográficas, históricas, políticas, religiosas e sociais, identifica-se, através do estudo toponímico, a relação existente entre o léxico de uma língua e a cultura do povo que a fala. Nessa perspectiva, analisa-se, pelo exercício do trabalho lexicológico, os 169 topônimos dos municípios do estado da Bahia inseridos nos volumes XX e XXI da Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2 de julho de 1958, a fim de comprovar que traços de identidade e de cultura são neles conservados, podendo contribuir para a preservação da memória da região. Para a análise do corpus, utilizou-se a taxionomia proposta por Dick (1990) para um trabalho toponímico, registrando-se os dados coletados em fichas lexicográfico-toponímicas. A análise desenvolvida indica a relação dos topônimos com o ambiente cultural em que estão inseridos e permite verificar os aspectos que envolvem a língua, a cultura e a identidade das regiões analisadas.
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