“Tornarmo-nos o que nunca fomos”: a versão pós-humanista de Foucault para o mote tradicional da formação humana
DOI:
https://doi.org/10.14393/REVEDFIL.v37n80a2017-66773Palabras clave:
Formação, Humanismo, Pós-humanismo, Foucault, Nietzsche, HeideggerResumen
Resumo: A máxima de Píndaro “torna-te o que tu és” representou por muito tempo o mote da formação humana, pautada historicamente por diversos humanismos, até ser ressignificada em um perspectiva pós-humanista por Nietzsche, que a retoma no subtítulo de sua obra autobiográfica Ecce Homo. Coube a Foucault, no entanto, apresentar uma versão transformada da velha máxima. “Tornarmo-nos o que nunca fomos” é a reivindicação de um cuidado de si liberto dos pressupostos metafísicos e ideológicos dos muitos humanismos que almejam impor tipos humanos universais. O objetivo deste artigo é recuperar as linhas gerais desse movimento histórico-filosófico em dois momentos: primeiro, na transformação do sentido originário da máxima de Píndaro no uso que Nietzsche faz dela; depois, na crítica ao humanismo que segue com Heidegger e desemboca em Foucault. Argumenta-se que a versão foucaultiana da máxima de Píndaro, “torna-te o que nunca fostes”, pode ser assumida como um lema da formação pós-humanista.
Palavras-chave: Formação; Humanismo; Pós-humanismo; Nietzsche; Foucault
“To become what we have never been”: Foucault’s post-humanist version of the traditional motto of human formation
Abstract: Pindar’s maxim “become what you are” represented for a long time the motto of human formation, historically guided by different humanisms, until it was re-signified in a post-humanist perspective by Nietzsche, who takes it up in the subtitle of his autobiographical work Ecce Homo. It was up to Foucault, however, to present a transformed version of the old maxim. “We have become what we have never been” is the demand for self-care freed from the metaphysical and ideological assumptions of the many humanisms that aim to impose universal human types. The aim of this article is to recover the general guidelines of this historical-philosophical movement in two moments: first, in the transformation of the original meaning of Pindar’s maxim in the use that Nietzsche makes of it; then, in the critique of humanism that follows with Heidegger and ends in Foucault. It is argued that the Foucauldian version of Pindar’s maxim, “become what you have never been”, may be assumed as a motto of post-humanist education.
Key-words: Formation; Humanism; Post-humanism; Nietzsche; Foucault
“Convertirse en algo que nunca se ha sido”: la versión poshumanista de Foucault para el mote tradicional de la formación humana
Resumen: La máxima de Píndaro “conviértete en lo que tú eres” representó desde hace mucho tiempo el mote de la formación humana, pautada históricamente por diversos humanismos, hasta ser resignificada en una perspectiva poshumanista por Nietzche, que retoma en el subtítulo de su obra autobiográfica Ecce Homo. Sin embargo, cupo a Foucault presentar una versión transformada desde la vieja máxima. “Convertirse en algo que nunca se ha sido” es el reclamo de un cuidado de uno mismo liberto de los supuestos metafísicos e ideológicos de los muchos humanismos que desean imponer tipos humanos universales. El objetivo de este estudio es recuperar las líneas generales de ese movimiento histórico-filosófico en dos momentos: primero, en el cambio del sentido originario de la máxima de Píndaro en el uso que Nietzche hizo de ella; enseguida, en la crítica al humanismo que sigue con Heidegger y termina en Foucault. Se argumenta que la versión foucaultiana de la máxima de Píndaro, “Conviértete en lo que nunca has sido”, puede ser asumida como lema de la formación poshumanista.
Palabras-clave: Formación; Humanismo; Poshumanismo; Nietzche; Foucault
Data de registro: 22/08/2022
Data de aceite: 13/12/2022
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