Wittgenstein e o domínio da gramática
a ruptura com o Tractatus
DOI:
https://doi.org/10.14393/REVEDFIL.v8n16a1994-1032Palavras-chave:
Filosofia, Gramática, Sintaxe do pensamentoResumo
Em SRLF, Wittgenstein define “sintaxe”, numa acepção bastante geral, como “as regras que nos dizem quais são “as únicas conexões em que uma palavra faz sentido”. Uma sintaxe que atinja plenamente seus objetivos deve, portanto, ser suficiente para possibilitar a total exclusão dos contrassensos do campo da linguagem. Nesta situação ideal, todas as conexões significativas de cada uma das palavras estariam dadas e estaria, portanto, excluída qualquer conexão não significativa. Com respeito a este ideal, o TLP abria uma dupla perspectiva. Ao postular, de um lado, a impossibilidade de um pensamento ilógico, Wittgenstein admitia (implícita, mas necessariamente) a impossibilidade de uma "sintaxe do pensamento" enquanto conjunto explícito de regras: explicitar tais regras seria descrever uma ordenação necessária e ultrapassar, assim, os limites do dizível. No único sentido em que o pensamento possuía, no TLP, uma sintaxe, esta era inefável, imanente, constituída por relações internas entre átomos. Por outro lado, ao reconhecer a frequência com que proferimos contrassensos, o TLP reconhecia não apenas a possibilidade, como também a conveniência de uma sintaxe a regular o uso dos sinais - se não dos nossos, cotidianos, ao menos de outros, mais reguláveis.
Palavras-chave: Filosofia; Gramática; Sintaxe do pensamento.
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