Políticas educacionais na formação de professores no Brasil: avanços ou retrocessos?
DOI:
https://doi.org/10.14393/REPOD-v14n3a2025-77194Palavras-chave:
Crise de professores, Formação docente, Formação inicial, Políticas educacionais, Formação esvaziada, Diretrizes CurricularesResumo
Este trabalho tem como objetivo discutir o atual panorama da formação de professores no Brasil, tendo como eixo norteador o debate sobre o chamado “apagão docente”. Reflete-se sobre como as atuais “Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a Educação Básica” e a “Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica” contribuem para o agravamento desse problema, impactando a qualidade da formação docente. Além disso, analisa-se o programa “Mais Professores para o Brasil”, homologado em janeiro de 2025, como uma resposta à crise de escassez de professores no país. Argumenta-se que essa iniciativa não é suficiente para enfrentar o problema, pois apenas máscara os reais determinantes que desestimulam o ingresso e a permanência na carreira docente.
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