A internacionalização da educação e a construção de sistemas de avaliação de classe mundial para a América Latina

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/REPOD-v13n2a2024-73294

Palavras-chave:

Avaliação externa, Internacionalização da educação, Padronização da avaliação

Resumo

O presente artigo problematiza a recomendação que os Organismos Internacionais têm realizado para a adoção de sistemas de avaliação de classe mundial em países latino-americanos. Para tanto, objetiva-se refletir sobre o processo de internacionalização dos sistemas de avaliação latino-americanos que se transformam em sistemas de classe mundial. A pesquisa foi realizada a partir da análise de 34 documentos que trataram a avaliação na América Latina entre os anos 1990 e 2019. Os resultados indicam que o modelo adotado é aquele que privilegia a avaliação baseada em resultados, que responsabiliza docentes, monitora e conduz à prestação de contas, que possibilita a comparação entre os sistemas de ensino e estimula o estabelecimento de padrões globais de referência.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Fabiano Antonio dos Santos, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Brasil

Doutor em Educação. Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Campo Grande, Mato Grosso do Sul (MS), Brasil.

Isaura Monica Souza Zanardini, Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Brasil

Doutora em Educação. Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Cascavel, Paraná (PR), Brasil.

João Batista Zanardini, Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Brasil

Doutor em Educação. Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Cascavel, Paraná (PR), Brasil.

Hellen Jaqueline Marques, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Brasil

Doutora em Educação Escolar. Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Campo Grande, Mato Grosso do Sul (MS), Brasil.

Referências

AKKARI, A. Internacionalização das políticas educacionais: transformações e desafios. Petrópolis: Vozes, 2011.

BANCO MUNDIAL. Education Sector Strategy Update (ESSU): Achieving Education For All, Broadening our Perspective, Maximizing our Effectiveness (final draft), 2006.

BONAMINO, A.; SOUSA, S.Z. Três gerações de avaliação da educação básica no Brasil: interfaces com o currículo da/na escola. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 38, n. 2, p. 373-388, abr./jun. 2012. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/ep/article/view/47883 . Acesso em 23 jul. 2023. DOI: https://doi.org/10.1590/S1517-97022012005000006

BID. Do físico à física: infraestrutura escolar e resultados educacionais na América Latina. 2011. Disponível em: https://www.iadb.org/pt/noticias/artigos/2011-10-18/infraestrutura-escolar-e-reducacionais-america-latina%2C9615.html . Acesso em: 03 fev. 2024.

DALE, R. Globalização e educação: demonstrando a existência de uma “cultura educacional mundial comum” ou localizando uma “agenda globalmente estruturada para a educação”? Educação, Sociedade & Culturas, n.16, 2000. Disponível em: https://www.scielo.br/j/es/a/bJbBCJS5DvngSvwz9hngDXK/ . Acesso em: 30 jul. 2023. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-73302004000200007

DALE, R. Specifying globalization effects on national policy: a focus on the mechanisms. Journal of Education Policy, v.14, n.1, 2007. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/026809399286468 . Acesso em: 03 ago. 2023. DOI: https://doi.org/10.1080/026809399286468

GREK, S. Governing by numbers: the PISA ‘effect’ in Europe. Journal of Education Policy, v. 24, n. 1, 2009. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/02680930802412669 . Acesso em: 03 ago. 2023. DOI: https://doi.org/10.1080/02680930802412669

LIBÂNEO, J. C. Finalidades educativas escolares em disputa, currículo e didática. In: LIBÂNEO, J. C.; ECHALAR A. D. L. F.; SUANNO, M. V. R.; ROSA, S. V. L. (orgs.). Em defesa do direito à educação escolar: didática, currículo e políticas educacionais em debate. VII Edipe. Goiânia: Editora da UFG, 2019.

MATTEI, L. Trajetória e atualidade da desigualdade na América Latina. REBELA, v.7, n.2. pgs 242/261. mai./ago. 2017. Disponível em: file:///D:/Downloads/2570-Texto%20do%20artigo-8459-1-10-20180417.pdf . Acesso em: 03 fev. 2024.

MARTENS, K. How to become an influential actor – The ‘comparative turn’ in OECD education policy. In. MARTENS, A. R.; LUTZ, K. Transformations of the state and global governance, London: Routledge, 2007.

MARTINS, A. M. A descentralização como eixo das reformas do ensino: uma discussão da literatura. Educação & Sociedade, vol. 22, n.77, 2001. Disponível em: https://www.scielo.br/j/es/a/8F8y3w5t3mxv5jVpGXj5SLF/ . Acesso em 05 ago. 2023. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-73302001000400003

MELLO, G. N. Educação escolar brasileira: o que trouxemos do século XX? Porto Alegre: Artmed, 2004.

OCDE. Conocimientos y aptitudes para la vida: primeros resultados del Programa Internacional de Evaluación de estudiantes (PISA) 2000 de la OCDE. Ciudad de Mexico, Mexico: Santillana, 2002.

UNESCO. Antecedentes y Criterios para la Elaboración de Políticas Docentes en América Latina y el Caribe. Santiago: Unesco/Orealc, 2013.

UNESCO. Balance de los 20 años del Proyecto Principal de Educación en América Latina y el Caribe. Santiago: Unesco/Orealc, 2001.

UNESCO. Relatório de monitoramento global da educação, resumo, 2023: a tecnologia na educação: uma ferramenta a serviço de quem?, 2023. Disponível em: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000386147 . Acesso em: 02 fev. 2024.

UNESCO. Declaração de Incheon e Marco de ação da educação: rumo a uma educação de qualidade inclusiva e equitativa e à educação ao longo da vida para todos. Brasília, 2016.

UNESCO. Educação de qualidade para todos: um assunto de direitos humanos. 2. ed. Brasília: UNESCO/OREALC, 2008.

UNESCO. Situación Educativa de América Latina y el Caribe: Hacia la educación de calidad para todos al 2015. Oficina Regional de Educación para

América Latina y el Caribe. Santiago de Chile, septiembre de 2013. Disponível em: https://www.normasabnt.org/ . Acesso em: 03 jan. 2024.

SANTOS, F. A. Políticas Educacionais para o século XXI: estratégias para a formação de consenso ativo. Revista Inter-Ação, Goiânia, v. 38, n. 3, p. 613–631, 2013. Disponível em: https://revistas.ufg.br/interacao/article/view/20824 . Acesso em: 15 ago. 2023. DOI: https://doi.org/10.5216/ia.v38i3.20824

SANTOS, F. A. dos; PETOUR, M. T. F. Internacionalização dos sistemas de avaliação: evidências de Brasil e Chile. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 14, n. esp.3, p. 1829–1846, 2019. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/12766 . Acesso em: 30 ago. 2023. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v14iesp.3.12766

Downloads

Publicado

2024-04-29

Como Citar

SANTOS, F. A. dos; ZANARDINI, I. M. S.; ZANARDINI, J. B.; MARQUES, H. J. A internacionalização da educação e a construção de sistemas de avaliação de classe mundial para a América Latina. Revista Educação e Políticas em Debate, [S. l.], v. 13, n. 2, p. 1–15, 2024. DOI: 10.14393/REPOD-v13n2a2024-73294. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/revistaeducaopoliticas/article/view/73294. Acesso em: 23 dez. 2024.

Edição

Seção

DOSSIÊ - “INTERNACIONALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO: TENDÊNCIAS GLOBAIS E DESAFIOS NACIONAIS”