Uso de mandalas formativas no processo ensino-aprendizagem remoto
relato de experiência à luz da pedagogia freireana
DOI:
https://doi.org/10.14393/REP-2021-61042Palabras clave:
Educação, Ensino em saúde, Ensino remoto, Mandalas, Paulo FreireResumen
O contexto proporcionado pela COVID-19 trouxe modificações em múltiplas áreas, especialmente na educação, em que professores necessitaram de diversos recursos para desenvolverem atividades de forma remota, a exemplo das mandalas que, no ensino em saúde, configuram-se como as dobras e brechas que se abrem na concepção de formação e produção de conhecimento. Este estudo objetiva descrever a experiência do uso de mandalas formativas no ensino remoto à luz da pedagogia freiriana. Trata-se de um relato de experiência vivenciado a partir de uma disciplina ministrada em um programa de saúde coletiva de uma universidade do nordeste brasileiro durante os meses de agosto e setembro de 2020. A disciplina contou com nove encontros virtuais, sendo que em três deles foram utilizadas as mandalas como estratégia de ensino. As mandalas demonstraram-se relevantes ao processo ensino-aprendizagem, oportunizando momentos de debates e reflexões com os conceitos nela imbricados, apresentando peculiaridades e diferenciando-se umas das outras pelas suas características. Por meio delas tornou-se possível externalizar sentimentos, saberes, experiências acadêmicas e profissionais, além do atravessamento com a pedagogia freiriana. Faz-se necessário que experiências como essa sejam divulgadas nos diversos cenários de ensino, propagando estratégias que sejam facilitadoras da aprendizagem com reflexão e compromisso de transformação da(s) realidade(s).
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