Mandalas formativas no ensino da educação popular em saúde

relato de experiência

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/REP-2021-58418

Palavras-chave:

Saúde pública, Educação Popular, Materiais de ensino

Resumo

A educação popular em saúde (EPS) é um campo primordial para as discussões em saúde coletiva, pois aponta caminhos para o distanciamento de um ensino tradicional. Assim, o objetivo deste estudo foi relatar a experiência da utilização de mandalas formativas no ensino da EPS no Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da UECE. As mandalas foram meios de compartilhamento de saberes, fomentando discussões sobre educação popular. As palavras nelas inseridas foram agrupadas de acordo com as dimensões presentes no livro Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire. As vivências de confecção e apresentação das mandalas despertaram sentimentos, ampliaram visões, fomentaram a interdisciplinaridade e o diálogo, promovendo a troca de saberes entre diferentes sujeitos de diversas formações. Conclui-se que, metodologias ativas, permeadas pelos ideais freireanos, são um importante caminho na formação de sanitaristas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Samir Gabriel Vasconcelos Azevedo, Universidade Estadual do Ceará

Mestrando em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual do Ceará, Brasil; membro do Grupo de Pesquisa Epidemiologia, Cuidado em Cronicidades e Enfermagem (GRUPECCE/UECE).

Victor Hugo Santos de Castro, Universidade Estadual do Ceará

Mestrando em Saúde Coletiva na Universidade Estadual do Ceará, Brasil; membro do Grupo de Pesquisa Interdisciplinar em Atividade Física, Saúde e Escola (UECE).

Débora Brenda Carneiro de Souza, Universidade Estadual do Ceará

Mestranda em Saúde Pública na Universidade Estadual do Ceará, Brasil.

Maria Rocineide Ferreira da Silva, Universidade Estadual do Ceará

Doutora em Saúde Coletiva pela Universidade Federal do Ceará, Brasil; professora adjunto do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Estadual do Ceará, Brasil; membro do Grupo de Trabalho Educação Popular e Saúde da Abrasco.

Referências

ALBUQUERQUE, P. C.; STOTZ, E. N. A educação popular na atenção básica à saúde no município: em busca da integralidade. Interface: Comunicação, Saúde, Educação, v. 18, n. 15, p. 259-274, 2004. Doi: 10.1590/S1414-32832004000200006. Disponível em: https://www.scielo.br/j/icse/a/Lt4mytxnczXDFNQfZHQnCKc/abstract/?lang=pt . Acesso em: 15 maio 2020.

BEHRENS, M. A. O paradigma emergente e a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Vozes, 2005.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Departamento de Apoio à Gestão Participativa. II Caderno de educação popular em saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/2_caderno_educacao_popular_saude.pdf. Acesso em: 15 maio 2020.

BRASIL. Rede de saberes mais educação: pressupostos para projetos pedagógicos de educação integral: caderno para professores e diretores de escolas. Brasília: Ministério da Educação, 2009. (Série Mais Educação). Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/cad_mais_educacao_2.pdf. Acesso em: 15 maio 2020.

CECCIM, R. B. et al. Educação em saúde coletiva, pesquisa-formação e estratégia de prospecção de modelos tecnoassistenciais na atenção básica. In: CECCIM, R.B. et al. Intensidade na atenção básica: prospecção de experiências ‘informes’ e pesquisa-formação. Porto Alegre: Rede UNIDA, 2016.

D'ÁVILA, C.; FERREIRA, L. G. Concepções pedagógicas na educação superior: abordagens de ontem e de hoje. In: D'ÁVILA, C.; MADEIRA, A. V. (org.). Ateliê didático: uma abordagem criativa na formação continuada de docentes universitários. Salvador: EDUFBA, 2018. p. 21-46.

DESSOTTI, E.; FERNANDES, H. L. Aprender a ser aluno: a formação discente para o ensino de ciências. Laplage em Revista, v. 3, n. 3, p. 200-205, 2017. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/5527/Resumenes/Resumo_552756523016_5.pdf. Acesso em: 17 fev. 2020.

FALKENBERG, M. B. et al. Educação em saúde e educação na saúde: conceitos e implicações para a saúde coletiva. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 19, n. 3, p. 847-852, 2014. Doi: 10.1590/1413-81232014193.01572013. Disponível em: Acesso em: 15 maio 2020.

FERREIRA, L. C. Mandalas pedagógicas no processo ensino-aprendizagem: saberes e sabores na formação docente. Práxis Educacional, Vitória da Conqusita, v. 15, n. 35, p. 61-76, 2019. Doi: 10.22481/praxisedu.v15i35.5660. Disponível em: https://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/about/contact. Acesso em: 10 fev. 2020.

FREIRE, P. A importância do ato de ler: em três artigos que se complementam. São Paulo: Cortez, 1996.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 2002.

GADOTTI, M. Paulo Freire e a educação popular. Disponível em: https://sindacs.org.br/novo/wp-content/uploads/2018/06/Paulo-Freire-e-a-Educa%C3%A7%C3%A3o-Popular.pdf. Acesso em: 7 maio 2020.

KARPINSKI, R.; FETTER, S. A. A formação pedagógica do(a) professor(a) na ótica de Freire. Form@ção de Professores em Revista, Taquara, v. 1, n. 1, p. 40-48, 2020. Disponível em: https://seer.faccat.br/index.php/formacao/article/view/1710. Acesso em: 15 mar. 2020.

LIBÂNEO, J. C. Democratização da escola pública: a pedagogia crítico-social dos conteúdos. São Paulo: Loyola, 2006.

MENDONÇA, B. I. O.; BRITO, M. A. Q. Mandalas como recurso terapêutico na prática da Gestalt-Terapia. Revista IGT na Rede, v. 14, n. 27, p. 273-290, 2017. Disponível em: http://igt.psc.br/ojs3/index.php/IGTnaRede/article/view/544. Acesso em: 15 maio 2020.

MUNHOZ; L. P. S.; SALATIANO, V. E. A possível relação entre a pedagogia freireana e a educação tecnológica e a distância. Brazilian Journal of Development, São José dos Pinhais, v. 6, n. 7, p. 53791-53798, 2020. Doi: 10.34117/bjdv6n7-865. Disponível em: https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/14250. Acesso em: 15 fev. 2020.

PAIM, J. S.; ALMEIDA FILHO, N. Saúde coletiva: uma “nova” saúde pública ou campo aberto a novos paradigmas? Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 32, n. 4, p. 299-316, 1998. Doi: 10.1590/S0034-89101998000400001. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rsp/a/PDRmKQr7vRTRqRJtSgSdw7y/abstract/?lang=pt. Acesso em: 15 fev. 2020.

PEDROSA, J. I. S.; BONETTI, O. P.; BUARQUE, M. N. A. P. Educação popular em saúde como política pública. Revista de APS, v. 14. n. 4, p. 397-407, 2011 Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/aps/article/view/15021. Acesso em: 15 fev. 2020.

PINHEIRO, L. V. R. Mutações na ciência da informação e reflexos nas mandalas interdisciplinares. Informação & Sociedade, João Pessoa, v. 28, n. 3, p. 115-134, 2018. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/ies/article/view/43317. Acesso em: 15 maio 2020.

PITAK-DAVIS, S. Creating mandalas: for insight, healing, and self-expression. The Arts in Psychotherapy, [s. l.], v. 19, n. 3, p. 223, 1992. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/019745569290024I. Acesso em: 14 jan. 2020.

ROSA, W. A. G. et al. Limites e potencialidades da interprofissionalidade em saúde: revisão de literatura. Libertas, São Sebastião do Paraíso, v. 10, n.1, p. 28-39, 2020. Disponível em: http://www.libertas.edu.br/revistas/index.php/riclibertas/article/view/107. Acesso em: 15 fev. 2020.

SANTOS, L. L. et al. Horta medicinal escolar mandala: integração entre o conhecimento popular e o científico. Revista de Educação Popular, Uberlândia, v. 14, n. 1, p. 145-160, 2015. Doi: 10.14393/REP-v14n12015-rel02. Disponível em: http://www.seer.ufu.br/index.php/reveducpop/article/view/28791. Acesso em: 12 maio 2020.

SCHRAIBER, L. B. Engajamento ético-político e construção teórica na produção científica do conhecimento em saúde coletiva. In: BAPTISTA, T. W. F.; AZEVEDO, C. S.; MACHADO, C. V. (orgs.). Políticas, planejamento e gestão em saúde: abordagens e métodos de pesquisa. Rio de Janeiro: Editora da Fiocruz, 2015. p. 33-57.

SILVA, M. J. S.; SCHRAIBER, L. B.; MOTA, A. The concept of health in collective health: contributions from social and historical critique of scientific production. Physis, Rio de Janeiro, v. 29, n. 1, p. 1-19, 2019. Doi: 10.1590/S0103-73312019290102. Disponível em: Acesso em: 14 fev. 2020.

SOLANO, L. da C. Mandala formativa e a unidade básica de saúde escola: as residências em saúde nos cenários de práticas na atenção básica. Tese (Doutorado em Enfermagem) - Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2020.

STOTZ, E. N. Enfoques sobre educação popular e saúde. In: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Departamento de Apoio à Gestão Participativa. Caderno de Educação Popular e Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2007. p. 46-57. (Série B. Textos Básicos de Saúde).

VARASCHIN, R. A.; EIDT, P.; SANTOS, C. dos. Educação e trabalho nosso de cada dia: de especificidade humana à mercantilização. Professare, Caçador, v. 5, n. 3, p. 51-64, 2016. Doi: 10.33362/professare.v5i3.926. Disponível em: https://periodicos.uniarp.edu.br/index.php/professare/article/view/926. Acesso em: 15 maio 2020.

VASCONCELOS, E. M. Educação popular nos serviços de saúde. São Paulo: Hucitec, 1997.

WEYH, L. F.; NEHRING, C. M.; WEYH, C. B. A educação problematizadora de Paulo Freire no processo de ensino-aprendizagem com as novas tecnologias. Brazilian Journal of Development, São José dos Pinhais, v. 6, n. 7, p. 44497-44507, 2020. Doi: 10.34117/bjdv6n7-171. Disponível em: https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/12858. Acesso em: 15 jan. 2020.

Downloads

Publicado

31-08-2021

Como Citar

AZEVEDO, S. G. V.; CASTRO, V. H. S. de; SOUZA, D. B. C. de; SILVA, M. R. F. da. Mandalas formativas no ensino da educação popular em saúde: relato de experiência. Revista de Educação Popular, Uberlândia, v. 20, n. 2, p. 258–270, 2021. DOI: 10.14393/REP-2021-58418. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/reveducpop/article/view/58418. Acesso em: 22 dez. 2024.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)