A escolarização urbana e as rupturas e ressignificações simbólicas na estrutura familiar camponesa
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCT195471449Palavras-chave:
movimentos sociais, campesinato, juventude rural, Antropologia RuralResumo
O presente artigo é fruto de uma pesquisa desenvolvida no Projeto de Assentamento (PA) Salvador Allende, localizado no município de Porangatu-GO, Norte do estado, durante os anos de 2019 e 2020, que analisou os reflexos dos processos urbanos de escolarização de adolescentes e jovens residentes nos espaços rurais. Tendo como objetivo refletir como a escolarização urbana desses atores sociais, egressos das escolas, realizaram rupturas culturais nas produções de sentidos, em decorrência da vivência urbana. Tal ruptura, por sua vez, produziu um esvaziamento de adolescentes e jovens dos espaços rurais, interferindo nos sistemas de vivências do campesinato, substituindo-a por uma racionalidade urbana, impactando diretamente na reprodução social familiar destes assentados. Como herdeiros que se negam a herdar a terra, os adolescentes e jovens egressos, em sua grande maioria, não desejam viver no campo, ampliando o histórico êxodo do campo, impactando desde os sistemas de produção camponeses aos movimentos sociais de lutas do campo. Essa disjunção simbólica geracional tem na escolarização urbana, o seu locus de produção. A metodologia de pesquisa percorreu dois caminhos: revisão de literatura e aplicação de questionários com jovens egressos das escolas urbanas, que atende à população rural.
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