A concentração fundiária no estado de Mato Grosso

leituras a partir da análise dos Censos Agropecuários 1985-2017

Autores

  • Helene Lima Costa Universidade Federal de Mato Grosso
  • Onélia Carmem Rossetto Universidade Federal de mato Grosso

DOI:

https://doi.org/10.14393/RCT143204

Resumo

Quando mencionamos à Questão Agrária no Brasil, estamos nos referindo à ocupação, posse e distribuição das terras, não somente em seus aspectos históricos, mas aspectos geográficos também. A forma com que esse processo ocorreu no período colonial produziu terras devolutas, e isso não privilegiou o surgimento de pequenas e médias propriedades rurais. Portanto, a distribuição das terras do nosso país, esteve diretamente ligada à colonização, responsável por um processo de ocupação que favoreceu apenas a classe mais rica da sociedade. Segundo os dados preliminares do Censo Agropecuário 2017 (IBGE 2018) o estado de Mato Grosso é ocupado por 118.676 estabelecimentos rurais em 54.830.819 ha. Destes, apenas 2.627 estabelecimentos possuem menos que 1 ha e 15.268 de 1 a 10 há, enquanto 13.609 possuem de 500 à 10.000 ha. Portanto, o estado segue o modelo de estrutura agrária caracterizada pela alta concentração de terras apresentada no Brasil. Diante desse contexto, o artigo pretende apresentar e analisar o relatório de dados preliminares do Censo Agropecuário 2017 com o intuito de trazer alguma contribuição para os debates da Geografia Agrária. Para atingir os objetivos propostos, foi realizada pesquisa bibliográfica através de algumas referências, mas principalmente dos Dados Preliminares do Censo 2017. Observa-se também que desde 1985 houve uma diminuição de 1,5 milhões de pessoas ocupadas com as atividades agrícolas. O que demonstra uma intensa tecnologia empregada no campo, diminuindo a quantidade de empregos.

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Publicado

02-09-2019

Como Citar

COSTA, H. L.; ROSSETTO, O. C. A concentração fundiária no estado de Mato Grosso : leituras a partir da análise dos Censos Agropecuários 1985-2017 . Revista Campo-Território, Uberlândia, v. 14, n. 32 Abr., 2019. DOI: 10.14393/RCT143204. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/45524. Acesso em: 25 nov. 2024.

Edição

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