Conflitos socioterritoriais em unidades de conservação
a RESEX “Verde para Sempre”, em Porto de Moz (Pará)
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCT164021Resumo
A reserva extrativista criou um mecanismo de permanência na terra de modo que as comunidades tradicionais buscassem o território, a partir de uma posição política dos sujeitos, entretanto esbarram na condição de existência e funcionamento das próprias RESEXs. É o caso da “Verde para sempre” em Porto de Moz, no Pará. Nesse intuito, nosso objetivo centrou-se em compreender os conflitos e conflitualidades nesta RESEX, partindo de duas comunidades rurais-ribeirinhas: Comunidade Vila Bom Jesus e Comunidade Vila Nova Bom Jesus, procurando entender também como os sujeitos se constituíram historicamente nas conflitualidades enquanto classe social, o camponês florestal e depois como comunidade tradicional em movimentos socioterritoriais, vivendo em uma RESEX. Neste estudo, utilizamos procedimentos metodológicos, técnicas de pesquisa como a pesquisa de campo, entrevistas semi-estruturadas e questionários buscando compreender os conflitos e conflitualidade entre Estado e as comunidades tradicionais. Percebe-se avanços e retrocessos, haja vista a continuidade da retirada da madeira e da atividade da pesca mesmo em menor grau, dando continuidade a novos/velhos conflitos, principalmente pela ausência de uma gestão eficiente dos órgãos.