Cinema e educação:

o que pode o cinema?

Autores

  • Alexander de Freitas Centro de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Karyne Dias Coutinho Universidade Federal do Rio Grande do Norte

DOI:

https://doi.org/10.14393/REVEDFIL.issn.0102-6801.v27n53a2013-p477a502

Palavras-chave:

cinema, educação, contemporaneidade, cartografia

Resumo

Cinema e educação: o que pode o cinema?

Resumo: Problematizando o uso repetido e dominante do cinema em educação, enquanto recurso didático-metodológico para o ensino-aprendizagem e como disciplinador de condutas e modos de ser, este artigo pretende pensar "o que pode o cinema para a educação?". A partir das ideias de Gilles Deleuze foi possível investigar e experimentar, em projetos de extensão e pesquisa desenvolvidos junto ao Centro de Educação da UFRN, três usos diferenciais do cinema em educação: 1) o cinema como produtor de choques e violências ao pensamento, que forçam a pensar; 2) o cinema como resistência às representações dominantes, aos estereótipos e aos clichês; 3) o cinema como potencializador da cartografia da contemporaneidade e dos modos de subjetivação contemporâneos. Consolidando estas outras potencialidades do cinema para pensar a educação, o artigo apresenta, como resultado das pesquisas realizadas, uma breve cartografia dos sujeitos contemporâneos, produzida com o filme Ken Park (Larry Clarck, EUA, 2002).

Palavras-chave: Cinema. Educação. Gilles Deleuze. Cartografia. Contemporaneidade. 

Cinema e educação: o que pode o cinema?

Abstract: Problematizing the repeated and prevailing use of cinema in education, as a didactic-methodological resource for teaching-learning process and as disciplinarian of behaviors and ways of being, this article aims to think "what can the cinema do for education?". From the ideas of Gilles Deleuze it was possible to investigate and to experiment, in research and extension projects developed in the Education Center of UFRN, three differential use of cinema in education: 1) the cinema as a producer of shocks and violence to the thought, that force to think; 2) the cinema as resistance to prevailing representations, stereotypes and clichés; 3) the cinema as an enhancer of cartography of the contemporaneity and of the contemporary modes of subjectification. Consolidating these other potentiality of the cinema for thinking the education, the article presents, as a result of research conducted, a brief cartography of contemporary subjects, produced with the film Ken Park (Larry Clark, USA, 2002)

Keywords: Cinema. Education. Gilles Deleuze. Cartography. Contemporaneity.

Data de registro:15/12/2011

Data de aceite:03/10/2012

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alexander de Freitas, Centro de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Doutor em Educação pela Universidade de São Paulo. Professor adjunto de Didática para os Cursos de Licenciatura do Centro de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Karyne Dias Coutinho, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Professora adjunta de Currículos e Programas do Curso de Pedagogia do Centro de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Referências

ADORNO, Theodor W. Educação após Auschwitz. In: ______. Educação e emancipação.São Paulo: Paz e Terra, 2003. p. 119-138.

AGAMBEN, Giorgio. O que é o contemporâneo?E outros ensaios. Chapecó: Argos, 2009.

ARENDT, Hannah. Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

COMENIUS. Didática magna. São Paulo: Martins Fontes, 2006.

DELEUZE, Gilles. A imagem-tempo. São Paulo: Brasiliense, 1990. O ato de criação. Folha de São Paulo 27 Jun. 1999. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v =GYGbL5tyi-E>. Acessado em: 11 mar. 2011.

______. Foucault. Lisboa: Edições 70, 2005.

______; GUATTARI, Félix. Mil platôs:capitalismo e esquizofrenia. v. 3. São Paulo: 34, 1996.

______; PARNET, Claire.Diálogos.São Paulo: Escuta, 1998.

FOCAULT, Michel. O que é a crítica? (Crítica e Aufklärung). Marília: Cadernos da Faculdade de Filosofia e Ciências/UNESP Marília, v. 9, n. 1, p. 169-189, 2000.

HEIDEGGER, Martin. O que quer dizer pensar? In: ______. Ensaios e conferências. Petrópolis: Vozes, 2006. p. 111-124.

MACHADO, Roberto. Deleuze, a arte e a filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2010.

NARODOWSKI, Mariano. Comenius & a educação.Belo Horizonte: Autêntica, 2001.

SEBASTIÃN, Santiago. Contrarreforma y barroco: lecturas iconográficas e iconológicas. Madrid: Alianza Editorial, 1981.

XAVIER, Ismail. Um cinema que "educa" é um cinema que (nos) faz pensar: entrevista com Ismail Xavier. Educação & Realidade(Dossiê cinema e educação), Porto Alegre, v. 33, n. 1, p.13-20, jan./jun. 2008.

WEISBACH, Werner. El barroco: arte de la contrarreforma. Madrid: Espasa; Calpe, 1948.

Downloads

Publicado

2013-07-16

Como Citar

FREITAS, A. de; COUTINHO, K. D. Cinema e educação:: o que pode o cinema?. Educação e Filosofia, Uberlândia, v. 27, n. 54, p. 477–502, 2013. DOI: 10.14393/REVEDFIL.issn.0102-6801.v27n53a2013-p477a502. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/EducacaoFilosofia/article/view/14174. Acesso em: 23 nov. 2024.