O Senhor da Criação

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.14393/REVEDFIL.v37n79a2023-67361

Palabras clave:

Expressão, Signo, Símbolo, Linguagem, Crise da Cultura

Resumen

Autora: Susanne Katherina Langer

Tradução: Clovis Salgado Gontijo Oliveira

Obra: LANGER, Susanne Katherina. The Lord of Creation. Fortune Magazine, v. 30. P. 127-154. 1944.

O senhor da Criação

Resumo: Neste artigo, publicado pela revista Fortune em 1944, a filósofa estadunidense Susanne K. Langer retoma temas fundamentais de sua obra mais célebre, Filosofia em nova chave, cuja primeira edição data de 1942. Em linguagem acessível destinada a público não especializado, a autora sintetiza sua concepção antropológica, visitando questões como a especificidade de nossa mentalidade; a distinção entre os signos e os símbolos, assim como entre as esferas do real e do possível; a transformação simbólica; a essência da linguagem; a relevância de formas articuladas não discursivas para a expressão e a cognição humanas; a conexão entre a razão e a loucura. Para além de uma mera síntese, Langer relaciona, de modo sagaz e oportuno, tais aspectos ao período de guerra no qual escreveu este artigo, ao observar, como sintoma da crise cultural de então, a perda de referências simbólicas e a substituição dos antigos símbolos (míticos e religiosos) por aquele do nacionalismo.

Palavras-chave: Expressão; Signo; Símbolo; Linguagem; Crise da Cultura

The Lord of Creation

Abstract: The American philosopher Susanne K. Langer reviews, in this article, published by Fortune Magazine in 1944, some fundamental themes of her most renowned work, Philosophy in a New Key, firstly edited in 1942. The author sums up her anthropological conception, through an accessible language intended to a general public, examining topics such as the specific trait of our mentality; the distinction between signs and symbols, as well as between the domains of the real and the possible; symbolic transformation; the essence of language; the importance of non-discursive articulate forms for human expression and cognition; the relationship between reason and lunacy. In addition to that synthesis, Langer relates those aspects, in an insightful and opportune way, to the war period when this article was written, observing, as a symptom of the cultural crisis of that time, the loss of symbolic references and the substitution of the old symbols (mythical and religious) for the one of nationalism.

Keywords: Expression; Sign; Symbol; Language; Crisis of Culture

El Señor de la Creación 

Resumen: En este artículo, publicado por la revista Fortune en 1944, la filósofa estadounidense Susanne K. Langer reanuda temas fundamentales de su más célebre obra, Nueva clave de la filosofía, cuya primera edición data de 1942. Por medio de un lenguaje accesible destinado a un público no especializado, la autora sintetiza su concepción antropológica, examinando cuestiones como la especificidad de nuestra mentalidad; la distinción entre los signos y los símbolos, así como entre los campos de lo real y de lo posible; la transformación simbólica; la esencia del lenguaje; el importante rol de las formas articuladas no discursivas para la expresión y la cognición humanas; la conexión entre razón y locura. Más que una mera síntesis, Langer relaciona esos aspectos de modo agudo y oportuno, al período de guerra en el cual escribió este artículo, al observar, como síntoma de la crisis cultural de entonces, la pérdida de referencias simbólicas y la sustitución de los antiguos símbolos (míticos y religiosos) por aquel del nacionalismo.

Palabras clave: Expresión; Signo; Símbolo; Lenguaje; Crisis de la Cultura

Data de registro: 28/10/2022

Data de aceite: 01/02/2023

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Susanne Katherina Langer

Susanne Katherina Knauth nasceu em 20 de dezembro de 1895, na cidade de Nova Iorque, de pais imigrantes alemães, que cultivavam forte apreço pela música e pela literatura. Tal herança familiar se fez notar, desde cedo, em Susanne, que, em sua infância e adolescência, interessou-se pelo estudo do piano, assim como pela escrita e pela ilustração de poemas e contos. Também revelou seu genuíno interesse pela filosofia ainda menina, quando leu, aos doze anos de idade, a Crítica da razão pura, de Kant, no original alemão. Em 1916, ingressou, como aluna de Filosofia, no Radcliffe College, instituição de ensino superior destinada a moças da elite, cujo corpo docente era constituído por professores da Universidade de Harvard, numa época em que essa universidade atendia exclusivamente estudantes do gênero masculino. Paralelamente aos estudos acadêmicos, teve aulas de violoncelo, teoria e composição musical. Graduou-se em Filosofia em 1920, tendo como orientador o lógico Henry Sheffer, que exerceria importante sobre suas concepções de lógica e de forma. Casou-se, em 1921, com o historiador William L. Langer, cujo sobrenome adotou e conservou, mesmo após seu divórcio, em 1942. Seguiu seus estudos de pós-graduação no Radcliffe College, com a dissertação de mestrado Eduard von Hartmann’s Notion of Unconscious Mind and its Metaphysical Implication (1924) e a tese de doutorado A Logical Analysis of Meaning (1926), esta sob a orientação de Alfred Whitehead. Tornou-se tutora de Filosofia no Radcliffe College, em 1927, e fundou, juntamente com C. I. Lewis, Alonzo Church, W. V. Quine, a Associação para Lógica Simbólica, em meados de 1930. Atuou, a partir de 1943, em cargos temporários como docente em diversas instituições de ensino nos EUA, até assumir o primeiro posto permanente num departamento de Filosofia (Connecticut College), em 1954. Recebeu o título de doutora honoris causa de diversas escolas e universidades, incluindo a Columbia University, e foi eleita, em 1960, para a Academia Americana de Artes e Ciências. Foi agraciada com dois fundos de pesquisa: o primeiro, da Fundação Rockefeller (1946-1950), que viabilizou a escrita de Sentimento e forma (1953), e o segundo, da Fundação Kaufmann (1957-1982), que, em sua terceira idade, permitiu-lhe desligar-se de modo definitivo da docência e dedicar-se com exclusividade à pesquisa e à preparação da trilogia Mind: an Essay on Human Feeling (1967, 1971 e 1982). Sua produção filosófica pode ser dividida em três fases: a primeira, que cobre as décadas de 1920 e 1930, focalizada na lógica e na epistemologia [The Practice of Philosophy (1930) e An Introduction to Symbolic Logic (1937)]; a segunda, que cobre as décadas de 1940 e 1950, focalizada na filosofia da ciência, da cultura e da arte, marcada por forte influência de Ernst Cassirer [Filosofia em nova chave: um estudo do simbolismo da razão, rito e arte (1942); Sentimento e forma e Problems of Art (1957)]; e a terceira, que abrange do início da década de 1960 ao início da década de 1980, dirigida à filosofia da mente, à questão do sentimento e à cognição incorporada, numa abordagem em rico diálogo com as ciências empíricas [Ensaios filosóficos (1961) e os três volumes de Mind]. Embora tenha se voltado a diferentes áreas de estudo, a autora destacou-se, sobretudo, por sua filosofia da arte, que despertou o interesse não só de teóricos, mas também de artistas. Seu livro mais conhecido, Filosofia em nova chave, no qual intuiu, a partir da música, uma possível significação para a arte em geral, obteve incomum sucesso para um título filosófico: estima-se que, somando todas as suas edições e traduções em dez idiomas, ele tenha vendido 560.000 exemplares. Fontes: CHAPLIN, Adrienne Dengerink. The Philosophy of Susanne Langer: Embodied Meaning in Logic, Art and Feeling. London: Bloomsbury Academic, 2020; DRYDEN, Donald. “Susanne K. Langer”. In: DEMATTEIS, Philip B. (ed.); McHENRY, Leemon B. (ed.). Dictionary of Literary Biography, v. 270: American Philosophers before 1950. Farmington Hills (Michigan): Gale Research, 2002. p. 189-199.

Clovis Salgado Gontijo Oliveira, Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE)

Tradução: Doutor em filosofia pela Universidad de Chile (UC). Professor adjunto na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE). E-mail: clovisalgon@gmail.com . ID Lattes: http://lattes.cnpq.br/1570270883461422. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-8176-5990.

Citas

LANGER, Susanne Katherina. The Lord of Creation. Fortune Magazine, v. 30. p. 127-154. 1994.

Publicado

2023-07-31

Cómo citar

LANGER, S. K.; SALGADO GONTIJO OLIVEIRA, C. O Senhor da Criação. Educação e Filosofia, Uberlândia, v. 37, n. 79, p. 681–707, 2023. DOI: 10.14393/REVEDFIL.v37n79a2023-67361. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/EducacaoFilosofia/article/view/67361. Acesso em: 22 nov. 2024.

Número

Sección

Traduções