"Causa sui" et substantialité la réforme de la notion de substance, de Descartes à Spinoza
DOI:
https://doi.org/10.14393/REVEDFIL.issn.0102-6801.v29nEspeciala2015-p123a146Palavras-chave:
Descartes. Espinosa. Causa sui. Substância.Resumo
[1] Le présent article est issu d'un cours donné en 2012 à l'invitation des Professeurs Eneias Forlin et Alexandre Guimaraes Tadeu de Soares à l'Unicamp puis à l'UFU. Je les remercie très vivement pour cette invitation et pour leur chaleureux accueil.
*Professora de Filosofia da Universidade de Paris-Sorbonne.
Causa sui et substantialité la réforme de la notion de substance, de Descartes à Spinoza
Resumo: Oriundo de um curso proferido em 2012 na Unicamp e na UFU, o presente artigo tem duas ambições principais. Trata-se, por um lado, de estabelecer que a renovação da doutrina cartesiana da substância nos Princípios da Filosofia (I, 51), que vê o aparecimento de um novo sentido da substância, próprio a Deus, ao lado do sentido tradicional daquilo que existe em si, procede da doutrina de um Deus causa sui, elaborada nas Primeiras e Quartas respostas à objeções. Estabelecê-lo, uma vez que Descartes não evoca o Deus causa sui nos Princípios, isto é, não somente afirmá-lo, assim como o fizeram P. Aubenque e, depois, J.-M. Beyssade, mas demonstrá-lo. Trata-se, em segundo lugar, de mostrar como essa reinterpretação da substância se prolonga em Espinosa, segundo o qual toda substância é causa de si; mas também se realiza totalmente no que Espinosa faz da causa sui o correlato necessário do em si , de sorte que já não se trata de justapor um novo sentido ao antigo, mas de reformar o antigo, de introduzir uma dimensão de auto-causalidade na substanciaÂlidade, enquanto necessariamente requerido pela existência em si.
Palavras-chave: Descartes. Espinosa. Causa sui. Substância.
Causa sui et substantialité la réforme de la notion de substance, de Descartes à Spinoza
Résumé: Le présent article, issu d'un cours donné en 2012 à l'Unicamp et à l'UFU, a deux ambitions principales. Il s 'agit, d'une part, d'établir que le renouvellement de la doctrine cartésienne de la substance dans les Principes de la philosophie (I, 51), qui voit l'apparition d'un nouveau sens de la substance, propre à Dieu, à côté du sens traditionnel de ce qui existe en soi, procède de la doctrine d'un Dieu causa sui, mise en oeuvre dans les Premières et Quatrièmes réponses aux objections. L'établir,  puisque Descartes n'évoque pas le Dieu causa sui dans les Principes, c'est-à -dire non pas seulement l'affirmer, ainsi que l'ont fait P. Aubenque puis J.-M. Beyssade, mais le démontrer. Il s'agit, en second lieu, de montrer comment cette réinterprétation de la substance se prolonge chez Spinoza, selon lequel toute substance est cause de soi, ; mais, aussi, s'y parachève en ce que Spinoza fait de la causa sui le corrélat nécessaire de l'en soi, de sorte qu'il ne s'agit plus de juxtaposer un nouveau sens à l'ancien, mais bien de réformer l'ancien, d'introduire une dimension d'auto-causalité dans la substantialité, en tant que nécessairement requise par l'existence en soi.
Mots-clés: Descartes. Spinoza. Causa sui. Substance.
Data de registro: 01/07/2015
Data de aceite: 30/07/2015
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