Evidenza e verità nel pensiero di René Descartes
DOI:
https://doi.org/10.14393/REVEDFIL.issn.0102-6801.v29nEspeciala2015-p85a122Palavras-chave:
Descartes. Evidência. Verdade.Resumo
*Professor de Filosofia da Universidade do Salento (Lecce).
Evidenza e verità nel pensiero di René Descartes
Resumo: O texto pretende retraçar o desenvolvimento da relação entre evidência e verdade das Regulae ad directionem ingenii (1620-1628 circa) às Meditationes de prima philosophia (1641): se na obra juvenil do filósofo o nexo entre evidência e verdade é posto estruturalmente ao fundo da teoria da natureza simples e da abordagem reducionista que esta comporta, o desenvolvimento ulterior, com a investigação metafísica posta como fundamento da física a partir de 1629, vê uma insuficiência da evidência como garantia da verdade do conteúdo representativo. A dúvida da I Meditação, radicalizada pela hipótese do Deus enganador, chega a tematizar uma possível dissociação entre evidência e verdade: a finitude da mente humana não pode fornecer uma garantia do valor veritativo da evidência, nem mesmo no caso do seu alcance máximo, como na verdade matemática. A IV Meditação, com a teoria do erro e com o papel reconhecido à vontade, se por um lado permitirá a Descartes recompor a relação entre evidência e verdade, por outro contudo marcará formalmente a dissociação entre elas, legando ao pensamento posterior um plexo problemático que ainda hoje intriga o pensamento filosófico. A intenção do texto é percorrer o surgimento de tal problemática e sua articulação no quadro do pensaÂmento cartesiano, utilizando os textos mencionados (Regulae, Meditationes), mas também a correspondência e O Mundo: o pensamento cartesiano virá reconstruído segundo uma abordagem diacrônica com vistas a iluminar não só os elementos de continuidade, mas também os de cisão, seja em relação à tradição precedente, seja no desenvolvimento da própria filosofia cartesiana, dos primeiros escritos à queles da maturidade
Palavras-chave: Descartes. Evidência. Verdade.
Evidenza e verità nel pensiero di René Descartes
Résumé: Le texte vise retracer l'évolution de la relation entre évidence et vérité des Regulae ad directionem ingenii (1620-1628 circa) aux Meditationes de prima philosoÂphia (1641) : Puisque d'un côté, dans l›oeuvre de jeunesse du philosophe, le lien entre évidence et vérité est structurellement mis au fond de la théorie de la nature simple et de l'approche réductionniste qu'elle entraîne; de l'autre côté, cependant, le développement ultérieur, avec l'enquête métaphysique en tant que fondement de la physique, à partir de 1629, aperçoit de l'insuffisance dans l'évidence comme garantie de la vérité du contenu représentatif. Le doute de la Méditation Première, radicalisé par l'hypothèse du Dieu trompeur, traite une possible dissociation entre évidence et vérité : la finitude de l'esprit humain ne peut pas fournir à l'évidence la garantie de la valeur de vérité, ni même dans le contexte de la sa portée maximale : la vérité mathématique. La Méditation Quatrième, avec la théorie de l'erreur et le rôle dédié à la volonté, permettra à Descartes de recomposer la relation entre évidence et vérité, mais marquera aussi, formellement, la dissociation entre les deux, en léguant à sa pensée ultérieure un plexus problématique qui continue, aujourd'hui, d'intriÂguer la pensée philosophique. Avec ce texte, nous avons l'intention de parcourir l'émergence de telle problématique et son articulation dans le cadre de la pensée cartésienne, en utilisant les oeuvres mentionnées (Regulae et Meditationes) et aussi la correspondance et Le monde. Ici, la pensée cartésienne reviendra reconstruite selon une approche diachronique visant éclairer non seulement les éléments de continuité, mais aussi ceux de scission, soit par rapport à la tradition précédente, soit dans le développement de la philosophie cartésienne en soi, des premiers écrits à ceux de la maturité.
Mots-clés: Descartes, évidence, vérité.
Data de registro: 01/07/2015
Data de aceite: 30/07/2015
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