A cor da psicologia: um estudo sobre o Estado da Arte da psicologia sobre branquitude

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/REPOD-v11n1a2022-64917

Palavras-chave:

Psicologia brasileira, Racismo, Estado da Arte, Branquitude

Resumo

O presente trabalho surgiu a partir das indagações realizadas pelas autoras acerca do posicionamento da psicologia brasileira frente ao combate ao racismo. A metodologia utilizada foi o Estado da Arte, que se propõe a um caráter inventariante e descritivo da produção acadêmica e científica da Psicologia sobre Branquitude no Brasil, de dissertações e teses presentes nos bancos de dados da Capes, da BDTD, do Domínio Público e do Google Acadêmico no período de 2003 a 2018. Conclui que a psicologia brasileira continua perpetuando o racismo, por meio de uma formação hegemônica, baseada em um modelo único de ser humano.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Márcia Ribeiro Ramos, Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca - Brasil

Mestre em Relações Étnicorraciais. Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

Liandra Lima Carvalho, Universidade do Grande Rio - Brasil

Pós Doutora em Humanidades, Culturas e Artes. Universidade do Grande Rio, Duque de Caxias, Rio de Janeiro, Brasil.

Referências

ACOSTA, Alberto. O bem viver: uma oportunidade para imaginar outros mundos. Editora Elefante, 2019.

BALAGUER, Gabriela. Exercícios da branquitude: o estrangeiro, os brasileiros e os angoleiros. Tese (Doutorado em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano). Universidade de São Paulo. São Paulo, 2017.

BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.

BERNARDINO, Joaze. Ação Afirmativa e a Rediscussão do Mito da Democracia Racial no Brasil. Estudos Afro-asiáticos. Rio de Janeiro, v. 24, nº 2, p. 247-273, out., 2002. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/eaa/v24n2/a02v24n2.pdf. Acesso em: 05/10/2020.

CAPELASSO, Monica Salci. A branquitude e o racismo brasileiro: uma análise psicopolítca sobre as continuidades de dominação branca após a abolição da escravidão que violenta o negro do Brasil contemporâneo. Dissertação (Mestrado em Psicologia). Universidade Estadual de Maringá. Maringá, 2018. 99 p. Disponível em: http://www.ppi.uem.br/arquivos-2019/PPI_2018%20Monica.pdf. Acesso em: 01/11/2020.

DOMINGUES, Petrônio. Um "templo de luz": Frente Negra Brasileira (1931-1937) e a questão da educação. Revista Brasileira de Educação. Rio de Janeiro, v. 13, nº 39, p.517-596, set./dec., 2008. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rbedu/v13n39/08.pdf. Acesso em: 02/02/2021.

ESPINHA, Tatiana Gomez. A Temática racial na formação em psicologia a partir da análise de projetos políticos-pedagógicos: silêncio e ocultação. Tese (Doutorado em Educação). Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2017. 233 p. https://bdtd.ibict.br/vufind/Record/CAMP_91230fc34dc56c52c03ca7af29071717. Acesso em: 01/11/2020.

NOGUEIRA, Simone Gibran e GUZZO, Raquel Souza Lobo. Psicologia Africana: Diálogos com o Sul Global. Revista Brasileira de Estudos Africanos. Porto Alegre, v. 1, nº 2, p. 197-218, jul./dez., 2016, Disponível em: https://seer.ufrgs.br/rbea/article/view/66828. Acesso em: 02/03/2019.

FERREIRA, Norma Sandra de Almeida. As Pesquisas Denominadas “Estado da Arte”. Educação & Sociedade. Campinas, v. 23, nº p. 257-272, ago., 2002. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/es/v23n79/10857.pdf. Acesso em: 08/10/2020.

GÓES, Weber Lopes. Racismo, eugenia no pensamento conservador brasileiro: a proposta de povo em Renato Kehl. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais). 276 f. Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Araraquara, 2015. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/124368/000837627.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 08/10/2020.

GOMES, Irene e MARLI, Mônica. As cores da desigualdade. Retratos. A Revista do IBGE. Rio de Janeiro, nº 11, p. 14-18, mai.,2018. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/21206-ibge-mostra-as-cores-da-desigualdade. Acesso em: 05/01/2021.

HADDAD, Sérgio. A educação de pessoas jovens e adultas e a nova LDB. 1997. Disponível em: http://bibliotecadigital.abong.org.br/bitstream/handle/11465/1767/3.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 08/10/2020.

HENRIQUES, Luciana Maciel. Análise crítica da branquitude a partir de uma interlocução com a Psicologia Social. Dissertação (Mestrado em Psicologia Social). Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2018. 91 f.

MARCINIK, Georgia Grube. Branquitude nos movimentos feministas: uma análise dos processos de subjetivação e racialização de mulheres brancas. Dissertação (Mestrado em Psicologia Social). Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2018. 115 f.

MARQUESE, R. de B. A dinâmica da escravidão no Brasil. Resistência, tráfico negreiro e alforrias, séculos XVII a XIX. Novos estudos CEBRAP. São Paulo, n. 74, p. 107-123, mar., 2006. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/nec/n74/29642.pdf. Acesso em: 08/10/2020.

MENEZES, Celso Viana Bezerra de. Gilberto Freyre: E o mito se faz história. Revista Mediações. Londrina, v. 5, nº 2, p. 177-184, jul./dez., 2000. Disponível em: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/9187#:~:text=Este%20trabalho%20n%C3%A3o%20pretende%20fazer,primeiras%20d%C3%A9cadas%20do%20s%C3%A9culo%20XX. Acesso em: 08/10/2020.

MULLER, Tânia Mara Pedroso. A Produção Acadêmica sobre a Imagem do Negro no Livro Didático: Estado do Conhecimento (2003-2013). Relatório Final. Rio de Janeiro: UFF/USP, 2014.

MULLER, Tânia Mara Pedroso. Livro didático, Educação e Relações Étnico-raciais: o estado da arte. Educar em Revista. Curitiba, v. 34, no. 69, p. 77-95, maio/jun., 2018. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/er/v34n69/0104-4060-er-34-69-77.pdf. Acesso em: 02/03/2019.

MULLER, Tânia Mara Pedroso. A Produção Acadêmica sobre a Imagem do Negro no Livro Didático: Estado do Conhecimento (2003-2013). Anais do 37ª Reunião Nacional da ANPEd. Florianópolis, 2015.

MULLER, Tânia Mara Pedroso. As pesquisas sobre o “estado do conhecimento” em relações étnico-raciais. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros. São Paulo, nº 62, p. 164-183, dez., 2015. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rieb/n62/2316-901X-rieb-62-00164.pdf. Acesso em: 12/03/2019.

NOGUEIRA, Simone Gibran e GUZZO, Raquel Souza Lobo. Psicologia Africana: Diálogos com o Sul Global Revista Brasileira de Estudos Africanos. Porto Alegre, v. 1, nº 2, p. 197-218, jul./dez., 2016, Disponível em: https://seer.ufrgs.br/rbea/article/view/66828. Acesso em: 02/03/2019.

OLIVEIRA, Lucio Otavio Alves. Expressões de vivência da dimensão racial de pessoas brancas: representações de branquitude entre indivíduos brancos. Dissertação (Mestrado em Psicologia). Universidade Federal da Bahia. Salvador, 2007. 345 p. Disponível em: https://pospsi.ufba.br/sites/pospsi.ufba.br/files/lucio_oliveira.pdf. Acesso em: 02/03/2019.

PIZA, Edith e ROSEMBERG, Fulvia. A cor nos censos brasileiros. In: CARONE, Iray; BENTO, Maria Aparecida Silva. Psicologia social do racismo: estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil. Petrópolis: Editora Vozes, 2017.

REGIS, Kátia. Relações Etnicorraciais e Currículos Escolares. São Luis: Edufma, 2012.

ROSA, Priscilla Teodosio. Aspectos da branquidade e os atravessamentos da amabilidade artificiosa na mídia televisiva: o caso do RJ-móvel. Dissertação (Mestrado em Relações Etnicorraciais). Centro Federal de Educação Tecnológico Celso Suckow da Fonseca. Rio de Janeiro, 2018. 167 p. Disponível em: http://dippg.cefet-rj.br/pprer/attachments/article/81/99_Priscilla%20Teodosio%20Rosa.pdf. Acesso em: 02/03/2019.

SCHUCMAN, Lia Vainer, COSTA, Eliane Silvia e CARDOSO, Lourenço. Quando a Identidade racial do pesquisador deve ser considerada: paridade e assimetria racial. Revista da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros. Uberlândia, v. 4, n. 8, p. 15-29, jul./out., 2012.

SCHUCMAN, Lia Vainer. Entre o "encardido", o "branco" e o "branquíssimo": raça, hierarquia e poder na construção da branquitude paulistana. Tese (Doutorado em Psicologia Social). Universidade de São Paulo. São Paulo, 2012. 160 p. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-21052012-154521/publico/schucman_corrigida.pdf. Acesso em: 02/03/2019

SILVEIRA, Alesson Arantes; SILVA NETA, Ormesinda Candeira da; MONTE, Georgina Moita Vasconcelos; VASCONCELOS, Vanessa Lopes. Do samba ao funk: Quando ritmo viram casos de polícia. Anais do IX Encontro de Pesquisa e Extensão da Faculdade Luciano Feijão. Sobral, 2017.

SILVEIRA, Daniel. População que se declara preta cresce 14,9% no Brasil em 4 anos, aponta IBGE. 24/11/2017. Disponível em: https://g1.globo.com/economia/noticia/populacao-que-se-declara-preta-cresce-149-no-brasil-em-4-anos-aponta-ibge.ghtml. Acesso em: 19/02/2021.

SOVIK, Liv Rebecca. Aqui ninguém é branco. Rio de Janeiro: Aeroplano Editora E Consultoria, 2009.

Downloads

Publicado

2022-03-01

Como Citar

RAMOS, M. R. .; CARVALHO, L. L. . A cor da psicologia: um estudo sobre o Estado da Arte da psicologia sobre branquitude. Revista Educação e Políticas em Debate, [S. l.], v. 11, n. 1, p. 403–420, 2022. DOI: 10.14393/REPOD-v11n1a2022-64917. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/revistaeducaopoliticas/article/view/64917. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

DOSSIÊ - POLÍTICA DE AÇÕES AFIRMATIVAS EM INSTITUIÇÕES DO ENSINO SUPERIOR (IES): EM DEBATE O ACESSO E A EQUIDADE