Impactos políticos do Programa Escola da Terra na formação continuada em escolas rurais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/REPOD-v12n1a2023-67551

Palavras-chave:

Empoderamento, Política educacional, Formação de professores, Educação rural

Resumo

Investiga-se como se estabeleceu a formação continuada de professores no Programa Escola da Terra e como ele possibilitou, especialmente no Tocantins, conquistas pedagógicas que implicaram em significativo impacto político como a abertura de escola em comunidade Quilombola, o empoderamento dos docentes e da comunidade campesina, assim como melhoramento nos índices de aprendizagem. Avalia-se, ainda, a colaboração interinstitucional entre a UFT, UFG, UFU, UFGD, UFSCAR e UFRRJ. Nesse sentido, para além da portaria que institui o Programa Escola da Terra que possui uma dimensão administrativa por estados da federação, o artigo apresenta possibilidades de socialização de saberes e colaborações mútuas em dimensões interestaduais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Alessandro Pimenta, Universidade Federal do Tocantins - Brasil

Pós-Doutor em Filosofia pela UFRJ. Doutor em Filosofia pela UGF. Professor no curso de Educação do Campo na UFT. Professor Permanente no Mestrado Profissional em Filosofia, UFPR – Núcleo UFT. Coordenador do Programa Escola da Terra no Tocantins. Universidade Federal do Tocantins, Arraias, Tocantins, Brasil.

Suze Silva Sales, Universidade Federal do Tocantins - Brasil

Doutora em Educação pela UFSCAR, com período Sanduíche na Universidade de Lisboa. Coordenadora da Especialização em Educação do Campo - Escola da Terra. Universidade Federal do Tocantins, Arraias, Tocantins, Brasil.

Referências

ANTUNES-ROCHA, M. I.; HAGE, S. (Org.). Escola do Direito: reinventando a escola multisseriada. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2010.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, n° 9.394. Brasília: MEC, 1996.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação Câmara de Educação Básica. Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo. Resolução nº 1 de 03 de abril de 2002. Brasília: MEC, 2002.

BRASIL, Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CNE). Resolução CNE/CEB nº 2/2008, que define Diretrizes Complementares para a Educação do Campo, Brasília: MEC/CNE, 2008.

BRASIL. Presidência da República - Casa Civil/Sub-Chefia Para Assuntos Jurídicos. Decreto nº 7.352/2010. Dispõe sobre a política de educação do campo e o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária, de 4 de novembro de 2010. Brasília: MEC, 2010.

BRASIL, Ministério da Educação. Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CNE). Resolução CNE/CEB nº 8/2012, que define Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola. Brasília, DF: CNE, 2012.

BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE – 2022. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/to.html. Acesso em: 22 jun. 2020.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP. Disponível em: https://www.gov.br/inep/pt-br. Acesso em: 22 jun. 2021.

BRASIL, Ministério da Educação. Portaria nº 579/2013, que institui a Escola da Terra. Brasília: MEC, 2013.

BRASIL, Ministério da Educação. Portaria nº86/2013, que institui o Programa Nacional de Educação do Campo – PRONACAMPO, e define suas diretrizes gerais. Brasília: MEC, 2013.

CALDART, R. S. Educação em Movimento. Formação de Educadoras e Educadores no MST. Petrópolis: Vozes, 1997.

FOUCAULT, M. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes, 1977.

FOUCAULT, M. Teorias e instituições penais (1971-1972). In: ___. Resumo dos Cursos do Collège de France (1970-1982). Rio de Janeiro: Zahar, 1997.

FURTADO, E. Estudo sobre Educação para a população rural do Brasil. UNESCO/FAO. Educación para la población rural en Brasil, Chile, Colombia, Honduras, México, Paraguay y Perú. Disponível em: https://www.fao.org/publications/card/es/c/df5a8890-abd6-58cd-bbbb-afa7af7f58d8. Acesso em: 15 dez. 2021.

HAJE, S. M. Transgressão do paradigma da (multi)seriação como referência para a construção da escola pública do campo. Educ. Soc., Campinas, v. 35, nº. 129, p. 1165-1182, out.-dez., 2014. Disponível em: https://www.scielo.br/j/es/a/wRdr8Zb3jCBdnLYD3sFrWCn/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 20 jan. 2022.

MARTINS, L. Análise sócio-histórica do processo de personalização de professores. Tese de Doutorado. Programa de Pós-graduação em Educação, Faculdade de Filosofia e Ciências, UNESP. Marília: 2001.

MOURA, T.; SANTOS, F.; PIMENTA. A. R. Educação rural do campo no Brasil: esboço de um panorama. In.: BOLAÑOS, Diego (Org.). Educación en territorios rurales en Iberoamérica. Rionegro: Fondo Editorial Universidad Católica de Oriente, 2020.

PIMENTA, A. R. Entrevista a George Coelho. In.: COELHO, G. L. S.; ARAÚJO, G. P. Educação do Campo no Brasil contemporâneo. Palmas: Eduft, 2018.

PIMENTA, A. R.; BICALHO, R.; SALES, S. S. Revisitando os princípios da Educação do Campo. In: MARINHO L. & AMORIM, R. (Orgs.). Pesquisas e práticas educativas: desafios e possibilidades no século XXI. João Pessoa: Editora UFPB, 2020.

SALES, S. S. Política de formação de professores: análise da institucionalização do curso de educação do campo da Universidade Federal do Tocantins – Campus de Arraias. (Tese de Doutorado em Educação). Universidade Federal de São Carlos - Programa de Pós-Graduação em Educação, 2018. Disponível em: http://bdtd.ibict.br/vufind/Record/SCAR_63fd7c81c386a610199466f61c24e6dd. Acesso em: 12 jan. 2022.

SALES, S. S.; PIMENTA, A. R. Políticas públicas para a educação do campo e formação de professores no Brasil. Revista Educação e Políticas Em Debate, 7(1), 77–94. Uberlândia: UFU, 2018. Disponível em: https://doi.org/10.14393/REPOD.issn.2238-8346.v7n1a2018-07. Acesso em: jan. 2022.

SAVIANI, D. Trabalho e educação: fundamentos ontológicos e históricos. Revista Brasileira de Educação, v. 12, n. 34 jan./abr. 2007. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbedu/a/wBnPGNkvstzMTLYkmXdrkWP/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 04 jul. 2022.

SAVIANI, D. Infância e pedagogia histórico-crítica. In: MARSIGLIA, A. C. (Org.). Infância e pedagogia histórico-crítica. Campinas / SP: Autores Associados, 2013.

SOUZA, M. A. Educação do Campo: Propostas e práticas pedagógicas do MST. Petrópolis: Vozes, 2006.

UNESCO/FAO. Educación para la población rural en Brasil, Chile, Colombia, Honduras, México, Paraguay y Perú. Disponível em: https://www.fao.org/publications/card/es/c/df5a8890-abd6-58cd-bbbb-afa7af7f58d8/. Acesso em:15 de dez. 2021.

UNICEF. Cenário da exclusão escolar no Brasil. Um alerta sobre os impactos da pandemia da Covid-19 na educação. UNICEF, 2021. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/relatorios/cenario-da-exclusao-escolar-no-brasil. Acesso em: 20 de jan. 2022.

VEIGA, J. E. A Relação Rural/Urbano no Desenvolvimento Regional. Cadernos do CEAM. Vol. 17, Fev. p. 9-22. Brasília: UnB, 2005.

Downloads

Publicado

2022-12-02

Como Citar

PIMENTA, A.; SALES, S. S. Impactos políticos do Programa Escola da Terra na formação continuada em escolas rurais. Revista Educação e Políticas em Debate, [S. l.], v. 12, n. 1, p. 345–362, 2022. DOI: 10.14393/REPOD-v12n1a2023-67551. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/revistaeducaopoliticas/article/view/67551. Acesso em: 12 nov. 2024.

Edição

Seção

DOSSIÊ - POLÍTICA PÚBLICA EM CONTEXTO PANDÊMICO EM ESCOLAS RURAIS: O PROGRAMA ESCOLA DA TERRA COMO AFIRMAÇÃO DO DIREITO À EDUCAÇÃO