Currículo: instrumento de identidade e independência epistêmica
DOI:
https://doi.org/10.14393/REPOD-v10n1a2021-54837Palavras-chave:
Currículo, Decolonialidade, Processos formativos, IdentidadesResumo
O currículo tornou-se um instrumento que possibilita às instituições formativas ter sua elaboração frente a narrativas e identidades de seus atores. O artigo tem como objetivo dialogar sobre a relação entre o currículo e a decolonialidade do ser e saber nos processos formativos, de modo a explicitar uma concepção de currículo que seja capaz de evocar, em suas práticas e metodologias, identidades, narrativas e conhecimentos dos atores no processo de formação, mostrando como é possível um currículo agregar as identidades culturais em sua concepção. Assim, é imprescindível explicitar quais são as concepções norteadoras da decolonialidade para o currículo e os processos formativos, considerando-se os aspectos sociais e culturais, e apontar suas condições de possibilidades.
Downloads
Métricas
Referências
ARROYO, M. G. Ofício de Mestre: imagens e auto-imagens. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
ARROYO, M. G. Currículo, território em disputa. Petrópolis: Vozes, 2011.
BHABHA, H. K. O Local da Cultura. Trad. Myriam Ávila et alii. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2008.
GOHN, M. G. Movimentos sociais na contemporaneidade. Revista Brasileira de Educação v. 16 n. 47 maio-agosto, 2011. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-24782011000200005.
GOMES, N. L. Indagações sobre o Currículo: Diversidade e Currículo. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008.
GOMES, N. L. O Movimento Negro Educador: saberes construídos nas lutas por emancipação. Petrópolis, RJ: Vozes, 2017.
GÓMEZ, S. “Ciencias sociales, violencia epistémica y el problema de la ‘invención’ del otro”. In: Lander, Edgardo (comp.). La colonialidad del saber: eurocentrismo y ciencias sociales. Perspectivas latinoamericanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005.
GROSFOGUEL, R. Para descolonizar os estudos de economia política e os estudos pós-coloniais: transmodernidade, pensamento de fronteira e colonialidade global. In: SANTOS, Boaventura de Souza; MENEZES, Maria Paula (Org.). Epistemologias do Sul. Coimbra, Portugal: Cortez, 2010.
HALL, S. A identidade cultural na pós‐modernidade. Trad. Tomaz Tadeu da Silva e Guacira Lopes Louro. 7. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.
MIGNOLO, W. Histórias Globais projetos Locais. Colonialidade, saberes e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Belo Horizonte. Ed. UFMG, 2003.
MIGNOLO, W. Os esplendores e as misérias da "ciência": colonialidade, geopolítica do conhecimento e pluri-versalidade epistêmica. In: SANTOS, B. D. Conhecimento prudente para uma vida decente: "um discurso sobre as ciências sociais" revisitado. São Paulo: Cortez Editora, 2004.
MIGNOLO, W. El pensamiento decolonial: desprendimiento y apertura. Un manifesto. Em S. Castro-Gómez & R. Grosfoguel. El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre Editores; Universidad Central, Instituto de Estudios Sociales Contemporáneos, Pontificia Universidad Javeriana, Instituto Pensar, 2007.
SANTOS, B. S. Epistemologias do Sul. Coimbra: Almedina, 2009.
SILVA, T. T. Documentos de Identidade: uma introdução às teorias do currículo. 2ª ed. Belo Horizonte, Autêntica, 2001.
WALSH, C. La educación Intercultural en la Educación. Peru: Ministerio de Educación. (documento de trabalho), 2001.
WALSH, C. Interculturalidad y colonialidad del poder. Un pensamiento y posicionamiento ‘otro’ desde la diferencia colonial. In: WALSH, C.; LINERA, A. G.; MIGNOLO, W. Interculturalidad, descolonización del estado y del conocimiento. Buenos Aires: Del Signo, 2006.
WALSH, C. Interculturalidad y (de)colonialidad: perspectivas críticas y políticas. Visão Global. Joaçaba, v. 15, n. 1-2, jan/dez. 2012.
WALSH, C. (org.). Pedagogías Decoloniales: prácticas insurgentes de resistir, (re)existir y (re)vivir. 1 ed., Equador: Abya Yala, v. 1, 2013.