MAPEAMENTO SEMI-AUTOMATIZADO DE ÁREAS DESMATADAS NA AMAZÔNIA UTILIZANDO IMAGENS MULTITEMPORAIS DO SATELITE ALOS, SENSOR PALSAR
Conteúdo do artigo principal
Resumo
A floresta amazônica, com cerca de 5,4 milhões de km2, abriga uma das maiores biodiversidades do planeta a qual vem sendo ameaçada em decorrência do crescente aumento da ocupação humana, que introduz fortes alterações na fitofisionomia da floresta. A identificação e monitoração dessas alterações, por meio de sensoriamento remoto, requerem o uso de imagens de radar devido ao fato de as ondas eletromagnéticas das micro-ondas penetrarem as nuvens, que na maior parte do ano recobrem essa região. Neste estudo avaliou-se a potencialidade do uso de imagens de radar ALOS/PALSAR banda L, nas polarizações HH e HV e resolução espacial de 12,5m, com o objetivo de se executar um mapeamento das áreas desmatadas por meio de um processo de classificação semi-automática de uma série temporal de dados de três anos. O classificador baseia-se numa regra de decisão que possibilita reduzir a multi-dimensionalidade dos dados da série temporal de seis imagens para um espaço bidimensional formado por duas variáveis independentes: média do sinal retroespalhado e o cálculo de mudança temporal (Absolut Change). A média fornece informações sobre o tipo de cobertura do solo e a mudança temporal estima a intensidade de mudanças em uma série temporal. Foram estudadas as regiões em torno dos municípios de Machadinho d'Oeste em (RO), Confresa (MT) e Medicilândia (PA), municípios que estão na área de influência do arco de desmatamento. A comparação dos resultados da classificação semi-automática foi efetuada com os mapeamentos realizados a partir de imagens de radar aerotransportado SAR/R99 do SIPAM com resolução espacial de 6m. Em Machadinho d'Oeste o nível de concordância foi de 86,4% estimando um total de áreas desmatadas de 919 km2, em Confresa a concordância foi de 84,4% com total de áreas desmatadas de 2.311 km2 e em Medicilândia a concordância foi de 83% com total de 731 km2 de áreas desmatadas. Contudo, a precisão dos limites de classes definidos pela classificação semi-automática mostrou-se ser bem maior do que os resultados obtidos da classificação manual realizada pelo SIPAM, o que pôde ser comprovado com observações de imagens SPOT de 2,5m de resolução espacial.
Downloads
Não há dados estatísticos.
Métricas
Carregando Métricas ...
Detalhes do artigo
Como Citar
SOUZA, E. L. de; MARTINEZ, J.-M.; MENESES, P. R.; SILVA, E. T. de J. B. MAPEAMENTO SEMI-AUTOMATIZADO DE ÁREAS DESMATADAS NA AMAZÔNIA UTILIZANDO IMAGENS MULTITEMPORAIS DO SATELITE ALOS, SENSOR PALSAR. Revista Brasileira de Cartografia, [S. l.], v. 64, n. 3, 2012. DOI: 10.14393/rbcv64n3-43797. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/revistabrasileiracartografia/article/view/43797. Acesso em: 24 nov. 2024.
Edição
Seção
Artigos
Esta obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Attribution 3.0 Unported License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (veja "O Efeito do Acesso Aberto").