USO INTEGRADO DO MODELO SHALSTAB E ANÁLISE MULTICRITÉRIO PARA MAPEAMENTO DE ÁREAS SUSCEPTÍVEIS AOS ESCORREGAMENTOS DE TERRA NA BACIA DO RIBEIRÃO SÃO BARTOLOMEU, VIÇOSA - MG
Conteúdo do artigo principal
Resumo
O acelerado processo de urbanização aliado à carência de políticas públicas direcionadas a um planejamento eï¬ciente tem propiciado a ocupação de áreas geotecnicamente instáveis, contribuindo para a ocorrência de desastres naturais, tais como os escorregamentos de terra, que afetam direta ou indiretamente a população situada no entorno das áreas de risco. O presente trabalho tem como objetivo utilizar o potencial dos Sistemas de Informação Geográï¬ca (SIG) para o mapeamento de áreas susceptíveis aos escorregamentos de terra utilizando o modelo determinístico Shallow Slope Stability Model (SHALSTAB) integrado com a Análise Multicritério (MCE) na Bacia do Ribeirão São Bartolomeu, localizada no município de Viçosa, estado de Minas Gerais, Brasil. A metodologia adotada no desenvolvimento deste trabalho, combina os resultados obtidos aplicando o modelo SHALSTAB para cada tipo de solo predominante na bacia (Latossolo, Cambissolo e Argissolo) como um dos fatores condicionantes aos escorregamentos, ponderado juntamente com os fatores uso e ocupação da terra, distância de vias e forma de vertentes na MCE. Utilizando-se a técnica de comparação pelos pares AHP, gerou-se um conjunto de pesos relativos para cada um dos fatores, posteriormente agregados nos procedimentos de Combinação Linear Ponderada (WLC) e Média Ponderada Ordenada (OWA). Foram realizados três cenários OWA com baixo, médio e alto risco, todos com alta compensação. Tomando pontos de ocorrência de escorregamentos notiï¬cados a Defesa Civil do município de Viçosa, veriï¬cou-se que o melhor cenário foi aquele de baixo risco e alta compensação (risco: 0,63 e compensação: 80%), pois maiores quantidades destes pontos de ocorrência coincidiram com as áreas de alta e muito alta instabilidade, obtidas integrando o modelo SHALSTAB e MCE, diferentemente da aplicação do modelo SHALSTAB individual. Observou-se também que as classes de média, alta e muito alta instabilidade se localizam próximas ou em áreas urbanas e nos solos do tipo Latossolo. Com os resultados obtidos neste trabalho, foi possível demonstrar que a integração entre o modelo SHALSTAB e MCE possibilita mapear áreas susceptíveis aos escorregamentos de terra de maneira mais coerente com a realidade, pois permite levar em consideração fatores naturais em conjunto com as ações antrópicas, ambos diretamente relacionadas à ocorrência dos escorregamentos.
Downloads
Detalhes do artigo
Seção
Artigos

Esta obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Attribution 3.0 Unported License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (veja "O Efeito do Acesso Aberto").
Como Citar
NUNES, Darlan Miranda; COELHO, Clívia Dias; DE SOUSA, Aline Bezerra; CALIJURI, Maria Lúcia; DOS SANTOS, Afonso de Paula. USO INTEGRADO DO MODELO SHALSTAB E ANÁLISE MULTICRITÉRIO PARA MAPEAMENTO DE ÁREAS SUSCEPTÍVEIS AOS ESCORREGAMENTOS DE TERRA NA BACIA DO RIBEIRÃO SÃO BARTOLOMEU, VIÇOSA - MG. Revista Brasileira de Cartografia, [S. l.], v. 68, n. 9, 2017. DOI: 10.14393/rbcv68n9-44447. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/revistabrasileiracartografia/article/view/44447. Acesso em: 7 abr. 2025.