Reflections on cultures, languages and education

an urgent debate

Authors

DOI:

https://doi.org/10.14393/REP-2024-74019

Keywords:

Interculturality, Language law, Education, Dialogicity

Abstract

This work is part of an ongoing doctoral research investigation into how the educational project is constituted in a peasant and multilingual territory. Based on the concept of dialogicity, grounded in the studies of Bakhtin (2010) and Freire (2013), the research aims to analyze whether and how the cultures and languages of students in a peasant context are manifested in school time and space. We compared the concepts of culture and interculturality from Forquin (1993) and Candau (2002) with studies on linguistic rights, bilingualism, plurilingualism, and linguistic contact by Altenhofen (2004) and Savedra (2021). Furthermore, in Gramsci (2004) and Semeraro (2006), we found support for understanding the teacher's role as an organic intellectual capable of problematizing and establishing a dialogic relationship between the cultural context of the community and the knowledge established by educational legislation. We believe that the cultures and languages present in the communities pose challenges in the process of formal education and possess the power to drive the construction of an educational project that takes into account the peasant and multilingual territory.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Roseli Gonoring Hehr, Universidade Federal do Espírito Santo

PhD student in Education at the Federal University of Espírito Santo, State of Espírito Santo, Brazil; participant of the Cultures, Partnerships and Rural Education Research Group (UFES/CNPq).

Erineu Foerste, Universidade Federal do Espírito Santo

PhD in Education, Pontifical Catholic University of Rio de Janeiro, State of Rio de Janeiro, Brazil; post-doctoral internship, Erziehungswissenschaftliche Fakultät of the Universtät-Siegen, Germany; full professor, Federal University of Espírito Santo, State of Espírito Santo, Brazil; founder and leader of the Cultures, Partnerships and Rural Education Research Group (UFES/CNPq); founder and coordinator of the Center for Studies and Research in Countryside, City and Social Education (NEPECES/UFES); coordinator of the Rural Education Program (UFES).

References

ALTENHOFEN, C. V. Plurilinguismo na escola e na sociedade em uma perspectiva macrolinguística. Organon, Porto Alegre, v. 32, n. 62, 2017. DOI 10.22456/2238-8915.74423. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/organon/article/view/74423. Acesso em: 10 jun. 2021.

ALTENHOFEN, C. V. Política linguística, mitos e concepções linguísiticas em áreas bilíngues de imigrantes (alemães) no Sul do Brasil. Revista Internacional de Lingüística Iberoamericana, v. 3, n. 1, p. 83-93, 2004. Disponível em: http://docplayer.com.br/2719749-Politica-linguistica-mitos-e-concepcoes-linguisticas-em-areas-bilingues-de-imigrantes-alemaes-no-sul-do-brasil.html. Acesso em: 24 ago. 2024.

ARROYO, M. G. Currículo, território em disputa. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 2013.

ARROYO, M. G.; FERNANDES, B. M. A educação básica e o movimento social do campo. Brasília: Articulação nacional por uma educação básica do campo, 1999. (Coleção por uma educação básica do campo v. 2). Disponível em: http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educacaodocampo/edbasicapopular.pdf. Acesso em: 2 set. 2024.

BAGNO, M. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. 52. ed. São Paulo: Loyola, 2009.

BAKTHIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. 14. ed. São Paulo: Editora HUCITEC, 2010b.

BAKTHIN, M. Estética da criação verbal. 5. ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010a.

BORTONI-RICARDO, S. M. Nós cheguemu na escola, e agora? Sociolinguísitica & educação. São Paulo: Parábola, 2005.

BRANDÃO, C. R. Prefácio. In: BRANDÃO, C. R.; FOERSTE, E.; SCHÜTZ-FOERSTE, G. M. (org.). Educação do campo: diálogos interculturais. Curitiba: Appris, 2020.

BRANDÃO, C. R. Vocação de criar: Anotações sobre a cultura e as culturas populares. Cadernos de Pesquisa, v. 39, n. 138, p. 715-746, set./dez. 2009.DOI 10.1590/S0100-15742009000300003. Disponível em: https://www.scielo.br/j/cp/a/Ffs6C5NZSw7hMkkhbFm6Pbc/abstract/?lang=pt. Acesso em: 2 set. 2024.BOURDIEU, P. La distinction: critique sociale du jugement. Paris: Minuit, 1979.

BRASIL. Decreto nº 7.387, de 9 de dezembro de 2010. Institui o Inventário Nacional da Diversidade Linguística e dá outras providências. Brasília, DF, 2010.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF, 1996.

BRASIL. Lei nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017. Altera as Leis nºs 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e 11.494, de 20 de junho 2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e o Decreto-Lei nº 236, de 28 de fevereiro de 1967; revoga a Lei nº 11.161, de 5 de agosto de 2005; e institui a Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral. Brasília, DF, 2017.

BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo. 2002. Brasília, DF, 2002.

BRASIL. Ministério da Educação. Lei nº 13.005 de 25 de junho de 2014. Plano Nacional de Educação. Brasília, DF, 2014. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm. Acesso em: 2 set. 2024.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF, 2018.

CALDART, R. S. Sobre a educação do campo. In: SANTOS, C. A. (org.). Por uma educação do campo: campo, políticas públicas, educação. Brasília, DF: INCRA; MDA, 2008. p. 67- 86.

CANDAU, V. M. F. Diferenças culturais, interculturalidade e educação em direitos humanos. Educ. Soc., Campinas, v. 33, n. 118, p. 235-250, jan.-mar. 2012 Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/es/v33n118/v33n118a15.pdf. Acesso em: 1 jun. 2024

CANDAU, V. M. F. Sociedade, cotidiano escolar e cultura(s): uma aproximação. Educação & Sociedade, n. 79, p. 125-161, 2002. DOI 10.1590/S0101-73302002000300008. Disponível em: https://www.scielo.br/j/es/a/8Cj5XvRTYpN3WNWbMBCbNFK/abstract/?lang=pt#. Acesso em: 2 set. 2024.

CASTRO, P. B. O monolinguismo nacionalista do Estado Novo nas páginas da Revista de Imigração e Colonização. Cadernos de Letras da UFF, v. 32, n. 62, p. 23-44, 2021. DOI 10.22409/cadletrasuff.v32i62.44611. Disponível em: https://periodicos.uff.br/cadernosdeletras/article/view/44611. Acesso em: 2 set. 2024.

DEMENECH, F.; DICKEL, A. Cultura escolar e cultura da escola: produção e reprodução a partir dos fatores intraescolares. Revista Professare, Caçador, v. 5, n. 2, p. 21-42, 2016. DOI 10.33362/professare.v5i2.800. Disponível em: https://periodicos.uniarp.edu.br/index.php/professare/article/view/800. Acesso em: 2 set. 2024.

FORQUIN, J. Escola e cultura: as bases sociais e epistemológicas do conhecimento escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 54. ed. Rio de Janeiro: Paz & Terra, 2013

GRAMSCI, A. Cadernos do Cárcere. Tradução de Carlos Nelson Coutinho. 3. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2004.

KUSTER, S. B. Cultura e língua pomeranas: um estudo de caso em uma escola do Ensino Fundamental no município de Santa Maria de Jetibá – ES/Brasil. 2015. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2015.

MORELLO, R.; MARCI, F. (org.). Política linguística em contextos plurilíngues: desafios e perspectivas para a escola. Florianópolis: Guarapuvu, 2016.

MORELLO, R.; MARTINS, M. F. (org.). Política linguística em contextos plurilíngues: desafios e perspectivas para a escola. Florianópolis: Editora Garapuvu, 2016.

SAVEDRA, M. M. G.; SPINASSE, K. P. O ensino de variedades germânicas em contextos de contato linguístico: conceitos, princípios e diretrizes. In: SAVEDRA, M. M. G.; BOLACIO F. E. S.; FERREIRA. M. A. (org.). Travessias, encontros, diálogos nos estudos germanísticos no Brasil. Niterói: Eduff, 2021. p. 18-32.

SAVEDRA, M.; ROSENBERG, P. (org.) Estudos em sociolinguística de contato. São Carlos: Pedro & João Editores, 2021.

SEMERARO, G. Intelectuais “orgânicos” em tempos de pós-modernidade. Cadernos Cedes, Campinas, v. 26, n. 70, p. 373-391, 2006. DOI 10.1590/S0101-32622006000300006. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ccedes/a/tMQPbyYGVwLjsjcT9Kjf9Tx/?lang=pt. Acesso em: 2 set. 2024.

TAPIAS, J. A. P. Educar a partir da interculturalidade: exigências curriculares para o diálogo entre culturas. In: SACRISTÁN, J. G. (org.). Saberes e incertezas sobre o currículo. Porto Alegre: Penso, 2013. p. 126-139.

TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Vozes, 2002.

VASCONCELOS, C. F. C. Pedagogia da identidade: interculturalidade e formação de professores. 2016. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2016.

Published

2024-11-01

How to Cite

HEHR, R. G.; FOERSTE, E. Reflections on cultures, languages and education: an urgent debate. Revista de Educação Popular , Uberlândia, n. Edição Especial, p. 83–103, 2024. DOI: 10.14393/REP-2024-74019. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/reveducpop/article/view/74019. Acesso em: 3 dec. 2024.