Análise de organizações coletivas da agricultura familiar no Sudoeste de Goiás
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCT132903Resumo
As organizações coletivas constituem-se instituições de solidariedade relevantes para o fortalecimento da agricultura familiar frente ao mercado capitalista, em especial na atual fase neoliberal, diante de ações desarticuladoras e/ou enfraquecedoras das iniciativas próprias das associações e das cooperativas. Deste modo, o objetivo é analisar as organizações (associações e cooperativas) voltadas para os agricultores familiares da MRG do Sudoeste de Goiás, averiguando se estas têm contribuído para o fortalecimento da agricultura familiar em suas relações com o mercado. Estas organizações coletivas reproduzem-se induzidas pelo Estado e por empresas capitalistas e menos propriamente por iniciativas dos agricultores familiares. Assim, como o capital e o Estado dominam o território, estimulam a formação de organizações coletivas, ao mesmo tempo adotam estratégias, impondo-lhes dificuldades, limitações e bloqueios, de modo que as mesmas sejam passivas, contidas, com atuação limitada e direcionada. Sendo assim, no geral, os benefícios, gerados pelas sinergias advindas do coletivo, são drenados muito mais para os agentes hegemônicos do capital, do que para os agricultores familiares.