Movimento dos Atingidos por Barragens, mudanças climáticas e políticas públicas: entrevista com Jackson Dias
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCT206079968Palavras-chave:
direitos humanos, política pública reparatória, violações, território, PNABResumo
Esta entrevista tem como objetivo apresentar os principais elementos necessários para a compreensão dos desafios e formas organizativas do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), bem como apresentar pautas e debates a serem aprofundados acerca das mudanças climáticas e políticas públicas. Muito além dos grandes empreendimentos, a ampliação do número de atingidos e atingidas tem ocorrido expressivamente em razão das mudanças climáticas, fenômeno que agora é responsável pela aceleração do empobrecimento em massa de diversas famílias em regiões atingidas. Essa realidade impõe novos desafios em virtude da dificuldade de estabelecer a culpabilização dos crimes ambientais provocados pela ambição das razões acumuladoras, assim como pela ausência do próprio Estado ao não criar instituições preparadas para lidar com tais problemas. Apesar de seu significado histórico enquanto uma política popular vitoriosa e necessária, a Política Nacional de Direitos das Populações Atingidas por Barragens (PNAB) emerge como uma política que ainda precisa ser não apenas aprimorada para compreender o movimento dialético da sociedade, mas especialmente que demanda forças para que a sua implementação ocorra e as reparações de diferentes naturezas possam se materializar e o direito de populações sejam assegurados. As diferenças e desigualdades regionais também se destacam como ingredientes que devem ser considerados para que as análises desprezem suas especificidades e vulnerabilidades.
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Copyright (c) 2025 Jackson de Sousa Dias, Julio de Pádua Lopes Menezes, José Sobreiro Filho

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