Aportes para o (des)envolvimento da agricultura camponesa no entorno da rota bioceânica, em Mato Grosso do Sul, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCT164304Resumo
A agricultura camponesa se caracteriza pela produção de alimentos voltada para a existência familiar, para consumo próprio e para comercialização. Carece de políticas públicas para a produção e venda dos seus produtos, que pode ser estimulada pela ampliação ou criação de novos circuitos de comercialização, especialmente curtos. Além disso, a “modernização” da infraestrutura viária pode funcionar como atrativo para a geração de novos negócios, impactando substantivamente o entorno de cada grande investimento. Por isso, o objetivo deste artigo é problematizar o debate do (des)envolvimento e apresentar algumas possibilidades de aproveitamento, pelos agricultores camponeses, das singularidades territoriais do entorno da passagem da rota bioceânica no estado de Mato Grosso do Sul. Utilizou-se, como metodologia de pesquisa, dados secundários do IBGE sobre a agricultura e a pecuária, entrevistas com técnicos de extensão rural e trabalho de campo no trecho de Campo Grande a Porto Murtinho, passando pelas cidades de Sidrolândia, Nioaque, Guia Lopes da Laguna e Jardim. Observou-se que a agricultura camponesa pode se beneficiar da proximidade espacial com a rota bioceânica, desde que os camponeses tenham suporte político do Estado e de organizações não governamentais que valorizem a importância da sua cultura na produção de alimentos para o mercado interno.
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