Os contornos da resistência

agricultura camponesa familiar no limite da expansão do monocultivo de eucalipto no território rural do Bolsão/MS

Autores

  • Mariele de Oliveira Silva Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Rosemeire Aparecida de Almeida Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

DOI:

https://doi.org/10.14393/RCT122608

Resumo

A atual mobilidade do agronegócio do eucalipto tem ocasionado profundas transformações territoriais e ambientais no Território Rural do Bolsão/MS, em especial nas áreas de reforma agrária circunvizinhas às empresas Fibria e Eldorado Brasil. Nessa perspectiva, objetivamos com esta pesquisa: aprender as relações de reprodução camponesa frente a expansão do complexo de Eucalipto/Celulose/Papel, junto às famílias assentadas em dois municípios do Território Rural do Bolsão/MS, a saber: Três Lagoas e Selvíria. Como metodologia de análise: revisão bibliográfica; ao uso de fontes orais; aplicação de entrevistas aleatórias. Não há dúvidas que a implantação das empresas de celulose e papel, materializada nos municípios de Três Lagoas e Selvíria/MS, por meio da expansão da agricultura empresarial, tem provocado nova reorganização do território, e exigindo novas articulações da agricultura camponesa familiar para permanecer na terra. Dentre as novas articulações camponesas que destacam-se no Território Rural do Bolsão/MS, especialmente no que diz respeito a comercialização da produção, podemos citar a participação de grande parte dos camponeses assentados nas feiras locais e nos mercados institucionais PAA e PNAE. Fatores, que mesmo ante á política de Governo altamente comprometida com a expansão do Complexo Eucalipto/Celulose/Papel, tem permitido a recriação camponesa nesse Território.

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Biografia do Autor

Mariele de Oliveira Silva, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Licenciada em Geografia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul/ UFMS/Campus de Três Lagoas. Mestra em Geografia pela mesma instituição na linha de Pesquisa: Dinâmicas Territoriais na Cidade e no Campo. Membro do GETT -  Grupo de Estudos Terra-Território. Extencionista do Projeto "A práxis da função social acadêmica pela educação no/do campo", "Formação socioambiental de jovens no meio rural: Assentamento São Joaquim - Selvíria (MS)". Atua como 1° Secretária da Associação de Geógrafos Brasileiros/AGB, Seção Local Três Lagoas (Gestão 2012-2014). Participa da Rede Pro-Centro-Oeste integrando a equipe do projeto de pesquisa, intitulado: ?Questão Agrária e Transformações Socioterritoriais nas microrregiões do Alto Pantanal e Tangará da Serra/MT na última década censitária" (apoio do MCT/CNPq e do FNDCT), atua como colaborado da pesquisa "Rede urbana, rede geográfica e localidades centrais: perspectivas em Dourados - MS". Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Agrária, atuando nos seguintes temas: dinâmicas territoriais do agronegócio da celulose, reforma agrária e resistência camponesa, soberania alimentar.

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Publicado

08-06-2018

Como Citar

SILVA, M. de O.; ALMEIDA, R. A. de. Os contornos da resistência: agricultura camponesa familiar no limite da expansão do monocultivo de eucalipto no território rural do Bolsão/MS. Revista Campo-Território, Uberlândia, v. 12, n. 26 Abr., 2018. DOI: 10.14393/RCT122608. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/33052. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos