A reprodução camponesa na contramão da formalidade do capital

Autores

  • Anderson Bem Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Rosemeire Aparecida de Almeida Universidade Federal do Mato Grosso do Sul

DOI:

https://doi.org/10.14393/RCT61112111

Palavras-chave:

Reprodução camponesa, Comercialização informal de leite, Formalidade do capital, Desenvolvimento desigual, Capitalismo

Resumo

Este artigo consiste numa reflexão teórica a respeito da reprodução camponesa na sociedade capitalista de produção. Para tal exercício recorremos a teoria produzida pelos estudiosos que se propuseram e se propõem estudar o campo brasileiro, como Oliveira (1995, 1996), Martins (1995), Abramovay (1994, 1998), Veiga (1991, 1994), Graziano da Silva (1996), Graziano Neto (1994), dentre outros. Contrapomos a teoria à realidade concreta que boa parcela da população camponesa tem forjado para se perpetuar no campo brasileiro, a exemplo das feiras de agricultores; criação e recriação de indústrias domésticas e venda in-natura (informalidade) dos produtos do campo na cidade. Apresentamos um conjunto de informações baseadas na situação concreta da reprodução camponesa no Brasil, que tem nos sinalizado que a recriação camponesa tem sido garantida em muitos casos por meio de mecanismos não formais de mercado, que são em nosso entendimento, formas de resistência à formalidade do capital personificada no capital financeiro, comercial e industrial. A comercialização informal de leite no Brasil cresceu 129% na década de 1990 (SEAB, 2000), o que evidência a resistência camponesa à formalidade do capital.

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Publicado

02-03-2011

Como Citar

BEM, A.; ALMEIDA, R. A. de. A reprodução camponesa na contramão da formalidade do capital . Revista Campo-Território, Uberlândia, v. 6, n. 11 Fev., p. 113–130, 2011. DOI: 10.14393/RCT61112111. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/12111. Acesso em: 22 jul. 2024.

Edição

Seção

Artigos