Variação de nomes gerais na constituição de expressões fixas

Autores/as

  • Eduardo Tadeu Roque Amaral Universidade Federal de Minas Gerais
  • Luanna de Sousa do Nascimento Oliveira Sistema de Ensino

DOI:

https://doi.org/10.14393/Lex4-v2n2a2017-4

Palabras clave:

Expressão fixa, Nomes gerais, Variação lexical, Português oral

Resumen

Este trabalho analisa a variação lexical de expressões fixas formadas por nomes gerais, isto é, unidades linguísticas que possuem conteúdo semântico mínimo. A análise se baseia em pressupostos teóricos da variação linguística e dos estudos lexicais, especialmente daqueles dedicados às expressões fixas ou fraseologismos (GARCÍA-PAGE, 2008; FULGÊNCIO, 2008; TAGNIN, 2013). Também são considerados os aspectos teóricos de trabalhos que investigam as propriedades dos nomes gerais (AMARAL e RAMOS, 2014; KOCH e OESTERREICHER, 2007; MIHATSCH, 2015). Os itens investigados são coisa, negócio, trem e troço, todos com traço [- humano]. A amostra está constituída por dados de transcrições de língua oral obtidas a partir de gravações sociolinguísticas realizadas em diferentes estados do país. A análise permite mostrar que, mesmo em construções que tendem a ser consideradas estruturas cristalizadas, existe uma variação que se manifesta tanto em elementos não nucleares como em núcleos constituídos por nomes gerais, o que se observa principalmente em marcadores conversacionais.

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Biografía del autor/a

Eduardo Tadeu Roque Amaral, Universidade Federal de Minas Gerais

Professor adjunto da UFMG. Licenciado em Língua Portuguesa e em Língua Espanhola pela UFMG, mestre em Estudos Linguísticos pela mesma instituição e doutor em Letras pela USP.

Luanna de Sousa do Nascimento Oliveira, Sistema de Ensino

Bacharel em Língua Portuguesa, com ênfase em Estudos Linguísticos pela UFMG. Mestre em Estudos Linguísticos pela mesma instituição.

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Publicado

2019-01-03

Cómo citar

AMARAL, E. T. R.; OLIVEIRA, L. de S. do N. Variação de nomes gerais na constituição de expressões fixas. Revista GTLex, Uberlândia, v. 2, n. 2, p. 263–283, 2019. DOI: 10.14393/Lex4-v2n2a2017-4. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/GTLex/article/view/40493. Acesso em: 27 nov. 2024.