O paradoxo do ensino da perspectiva de uma epistemologia do uso
DOI:
https://doi.org/10.14393/REVEDFIL.issn.0102-6801.v27n53a2013-p659a674Palabras clave:
Conhecimento, EducaçãoResumen
O paradoxo do ensino da perspectiva de uma epistemologia do uso
Resumo: Meu objetivo neste texto é apresentar o paradoxo do ensino e revisitar os modelos filosóficos de ensino examinados por Israel Scheffler, que procurou indicar as vantagens e dificuldades de cada um deles para, em seguida, propor um modelo filosófico de ensino que considerava mais satisfatório. No entanto, embora Scheffler tenha incorporado boa parte da crítica que a "virada linguística" faz à metafísica destes modelos, minha hipótese é a de que ao fazer a análise dos modelos de ensino empirista (Locke), idealista (Agostinho) e racional (Kant), ele não leva em consideração o papel distintivo das proposições gramaticais (no sentido de Wittgenstein) em relação às demais proposições, para compreender como é possível o crescimento do conhecimento no indivíduo. Da perspectiva de uma epistemologia do uso inspirada nas idéias do segundo Wittgenstein, argumento que, se considerarmos que estas proposições constituem nossa visão de mundo (Weltbild) e que aprendemos a seguir estas regras, a maior parte das dificuldades encontradas nestes modelos simplesmente desaparece, como também o paradoxo do ensino é dissolvido.
Palavras-chave: Modelos filosóficos de ensino. Wittgenstein. Significado. Epistemologia do uso.
Abstract: My goal in this paper is to present the 'teaching paradox' and to revisit the philosophical models of teaching examined by Israel Scheffler, who sought to point out the advantages and difficulties of each of them, to then propose a philosophical model of teaching that he considered more satisfactory. However, although he incorporated much of the criticism that the "linguistic turn" makes to the metaphysics of these models, my hypothesis is that, when doing the analysis of educational models - empiricist (Locke), idealist (Augustine) and rational (Kant) -, he does not take into account the distinctive role of grammatical propositions (in the sense of Wittgenstein) regarding the other propositions, to understand how the growth of knowledge in the individual is possible. From the perspective of an epistemology of use inspired in the ideas of the second Wittgenstein, I argue that, if we consider that these propositions constitute our worldview (Weltbild) and that we learn to follow these rules, most of the difficulties encountered in these models simply disappear, and the paradox of teaching is also dissolved.
Keywords: Philosophical models of teaching. Wittgenstein. Meaning. Epistemology of use.
Data de registro:10/04/2012
Data de aceite:03/10/2012
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