Resumo
A organização do espaço analisada pelo viés cultural permite visualizar uma gama de aspectos materiais e imateriais que perpassam o tempo e se materializam no espaço, como um legado cultural, que se manifesta através da descendência. Nessa perspectiva, essa pesquisa centra-se na análise da construção de identidades culturais no Rio Grande do Sul e sua manifestação na paisagem gaúcha, salientando as principais regiões culturais existentes no Estado atualmente. Teve-se como meta regionalizar o Estado mediante critérios culturais, ou seja, estabelecer recortes espaciais de acordo com a etnia predominante, tendo como base os limites municipais. Delineados os recortes regionais, fez-se a análise das regiões culturais, de acordo com a expressividade e a manifestação do sistema simbólico que acompanha cada sociedade em sua relação com o espaço e com os seus semelhantes. Salienta-se que, a identificação dos principais códigos culturais que emanam de cada grupo social, subsidiou a análise da contribuição de cada etnia para a construção da cultura gaúcha. Nesse contexto, pode-se considerar a complexidade da composição étno-cultural do território gaúcho, oriunda de fluxos populacionais, que se inseriram mediante processos controlados por políticas específicas de incentivo ao povoamento e a colonização. Tal situação originou porções do espaço dotadas de significados que, por sua vez formam uma pluralidade cultural, ou seja, atualmente, o Estado constitui-se em um mosaico étno-cultural, composto por etnias diversificadas, ao mesmo tempo em que se reconhecem como essencialmente gaúchas.Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2008 Helena Brum Neto, Meri Lourdes Bezzi
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