Resumo
A evolução do uso da terra para atividades de vitícolas no vale do Rio Douro (PT) está intimamente ligada a sua estruturação geomorfológica, pois de um lado depende da configuração das vertentes e de outro das condições de intemperismo das rochas e formação de mantos superficiais. A ação humana ao longo do tempo, criou 5 diferentes tipos de socalcos, adaptados a condições sócio tecnológicas de apropriação do terreno: Pré-filoxéricos, Pós-filoxéricos (tradicionais), Patamares, Curvas de Nível e Vinha ao Alto. Estas modalidades de implantação das vinhas acabaram por alterar as condições de estabilidade das vertentes, modificando as condições hidrodinâmicas e a permitindo o aumento de processos erosivos de elevada intensidade. Como resultado, observou-se que as implantações mais antigas, não provocam tantas situações de desequilíbrio das vertentes, fenômeno que tem seu ápice nas formas de armação do tipo Patamares, pois apresentam uma maior alteração das condições naturais das vertentes, relacionadas com a grande movimentação de solo e a construção de taludes em terra altos pelo facto de serem, muitas vezes, alocados em vertentes com fortes inclinações.
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