Políticas de ações afirmativas na Universidade Federal do Rio de Janeiro: uma análise a partir da experiência do Curso de História
DOI:
https://doi.org/10.14393/REPOD-v11n1a2022-64907Palavras-chave:
Ensino Superior, Cotas Universitárias, Políticas de Acesso, Permanência e Conclusão, UFRJResumo
A Educação Superior brasileira é excludente, devido ao racismo estrutural. A política liberal meritocrática de acesso e permanência nega a pertinência das Políticas de Ações Afirmativas. Neste artigo, pretende-se analisar como a Lei 12.711/2012 influenciou as ações da UFRJ para garantir o acesso, a permanência e a conclusão de estudantes negros e pardos no curso de graduação em história. A análise tem como referência teórica e metodológica o materialismo histórico-dialético e toma como referência empírica o Instituto de História da UFRJ. Trata-se de uma análise qualitativa com dados coletados a partir de fontes primárias e secundárias. À título de conclusão, percebe-se o esforço da UFRJ para garantir aos estudantes pretos e pardos as condições de permanência e conclusão do curso investigado, apesar do contingenciamento.
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