O processo de permanência de estudantes indígenas ingressantes pelo vestibular para os povos indígenas na Unioeste

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/REPOD-v14n1a2025-76522

Palavras-chave:

Estudantes Indígenas, Educação Superior Indígena, Cota Social Indígena

Resumo

Esse artigo apresenta um estudo sobre a permanência de estudantes indígenas, ingressantes pelo vestibular específico para os povos indígenas, na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), com o objetivo de compreender e analisar a permanência desses estudantes nos cursos de graduação da instituição. A legislação estadual estabelece que cada instituição estadual de ensino superior ofereça, anualmente e de forma suplementar, 06 (seis) vagas, disputadas no Vestibular dos Povos Indígenas exclusivamente por candidatos (as) pertencentes às etnias indígenas do Paraná. Para o desenvolvimento deste artigo[1], define-se a abordagem por meio do método dialético, utilizando-se a pesquisa qualitativa e exploratória, o que permite compreender e interpretar os fatos de acordo com os seus aspectos específicos, complementados por fontes quantitativas. A abordagem qualitativa é construída a partir da pesquisa empírica. A política criada e materializada pelo estado do Paraná funciona como um mecanismo de inclusão desses estudantes na educação superior, mas ainda necessita de ampliação das ações voltadas à permanência deles no ambiente universitário. A Universidade não possui um método próprio de análise e acompanhamento do desenvolvimento da política estadual de suplementação de vagas, ficando a cargo da Comissão Universidade para os Indígenas (CUIA) a responsabilidade pela avaliação do processo de permanência de estudantes indígenas nas universidades.

[1] O artigo traz o resultado parcial de um capítulo da dissertação defendida no Programa de Pós-Graduação em Serviço Social (PPGSS), campus Toledo, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE).

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Biografia do Autor

Magueda Thomaz Villas Boas, Universidade Estadual do Oeste do Paraná/Campus de Toledo - Brasil

Mestre em Serviço Social pela UNIOESTE/campus de Toledo.  Advogada na UNIOESTE/Campus de Toledo, Paraná, Brasil.

Marize Rauber Engelbrecht, Universidade Estadual do Oeste do Paraná/Campus de Toledo - Brasil

Doutora em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Docente da UNIOESTE/campus de Toledo, Paraná, Brasil.

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Publicado

2024-12-31

Como Citar

VILLAS BOAS, M. T.; ENGELBRECHT, M. R. O processo de permanência de estudantes indígenas ingressantes pelo vestibular para os povos indígenas na Unioeste. Revista Educação e Políticas em Debate, [S. l.], v. 14, n. 1, p. 1–23, 2024. DOI: 10.14393/REPOD-v14n1a2025-76522. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/revistaeducaopoliticas/article/view/76522. Acesso em: 6 jan. 2025.

Edição

Seção

DOSSIÊ: "POLÍTICAS PÚBLICAS PARA EDUCAÇÃO INDÍGENA E QUILOMBOLA: DIÁLOGOS, PRÁTICAS EDUCATIVAS, CONTEXTOS MULTICULTURAIS E PLURALIDADES EPISTEMOLÓGICAS"