Direitos linguísticos, culturas indígenas e educação intercultural nos contextos brasileiro e polonês: abordagens para o ensino de línguas adicionais
DOI:
https://doi.org/10.14393/REPOD-v14n1a2025-76519Palavras-chave:
Diversidade linguística, Educação intercultural, Línguas indígenas, Povos e comunidades tradicionais, Português como língua adicionalResumo
Este artigo examina a diversidade linguística no Brasil e na Polônia, com foco no status das línguas indígenas e no ensino de línguas adicionais, como o português, sob uma abordagem intercultural (Baniwa, 2013; Kayapó, 2019). A pesquisa parte da concepção da língua como um fenômeno histórico e social (Marcuschi, 2008), analisando os direitos linguísticos em ambos os países (Pisarek, 2011; Rodrigues, 2015; Maher, 2016; Szwajczuk, 2013; Przybyła-Wilkin, 2021) e refletindo sobre a incorporação dessas línguas no contexto educacional, com atenção especial à formação de estudantes de Estudos Brasileiros em universidades polonesas (Figueira-Cardoso, 2021; 2023). Baseado em uma análise qualitativa interpretativista, ancorada em uma revisão bibliográfica e análise documental (Cellard, 2008; Lüdke; André, 2022; Paiva, 2019), o estudo compara os contextos polonês e brasileiro, abordando o papel da educação escolar indígena e intercultural na construção de uma sociedade plurilíngue e multilíngue. A defesa de uma educação que considere a diversidade cultural e linguística é central, destacando a urgência de currículos que respeitem as realidades das comunidades indígenas e promovam uma educação transformadora e inclusiva. O artigo conclui sugerindo a incorporação desses temas no ensino de português como língua adicional, tanto no Brasil quanto em universidades estrangeiras, com o objetivo de fortalecer a interculturalidade e a sustentabilidade cultural.
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