Formação de estudantes surdos para a docência nas séries iniciais da Educação Básica: o que dizem os professores universitários
DOI:
https://doi.org/10.14393/REPOD-v13n2a2024-68671Palavras-chave:
Educação, Surdos, Flexibilização curricular, Inclusão, Formação inicial de professoresResumo
Este artigo analisou os discursos de professores a respeito da formação inicial e qualificação de universitários surdos para o exercício da docência, nas séries iniciais da Educação Básica. Participaram da pesquisa docentes do curso de Pedagogia de uma faculdade privada. Em investigação de cunho metodológico qualitativo, os dados foram produzidos com o uso de questionário e um roteiro semiestruturado de entrevista. À luz dos estudos dos núcleos de significação, os resultados evidenciaram ausência de práticas pedagógicas sobre a flexibilização do currículo para a formação de universitários surdos, no curso em questão. Ao serem indagados se os universitários surdos poderiam assumir uma sala de aula comum, ao fim da formação, notaram-se atitudes capacitistas a respeito de que o intérprete poderia ser requisito à escolarização das crianças não surdas. Portanto, subverter a materialidade da lógica, nesse caso, foi considerado um caminho promissor para compreender que essa condição não se restringe a determinados corpos, sujeitos e/ou grupos, mas se estende sobretudo a todos os que desejarem atuar nas séries iniciais da Educação Básica, em uma perspectiva inclusiva.
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