A invisibilidade da mulher no sistema prisional brasileiro: esquecidas no tempo e no espaço

Autores

  • Odair França de Carvalho Universidade Federal de Uberlândia - Faculdade de Educação
  • José Rubens Lima Jardilino Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)

Palavras-chave:

História da Mulher, Prisão, Direitos Humanos, Sistema Prisional

Resumo

Este artigo é uma reflexão sobre a questão da mulher no sistema prisional brasileiro, tendo como base dados levantados para uma pesquisa de pós-doutoramento realizada na Universidade Federal de Ouro Preto. Tem como objetivo discutir, por meio da perspectiva sócio-histórica e dos direitos humanos, a questão da invisibilidade da mulher em privação de liberdade. O corpus da pesquisa foi obtido por meio da pesquisa bibliográfica e da análise de documentos. Concluímos que o modelo do sistema penitenciário brasileiro vive um esgotamento refletindo nas realidades das unidades prisionais, seja pelo aumento significativo da população carcerária, seja pelo descaso que os governos têm com mulheres e homens presos em suas ações. 

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Odair França de Carvalho, Universidade Federal de Uberlândia - Faculdade de Educação

Doutor em Educação pela Educação pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Professor da Universidade de Pernambuco (UFPE).

José Rubens Lima Jardilino, Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)

Doutor em Ciências da Educação pela Universidad Pedagógica y Tecnológica de Colombia (CADEUPTC). Professor da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP).

Referências

ARTUR, T. A. “Presídio de Mulheres”: as origens e os primeiros anos de estabelecimento. São Paulo, 2009. Disponível em:. Acesso em: 27 jul. 2017.

BHABHA, Homi K. O local da cultura. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2005.

BRASIL. Relatório Final. Grupo de trabalho Interministerial - Reorganização e Reformulação do Sistema Prisional Feminino. Brasília, 2007.

BRASIL. Ministério da Justiça. INFOPEN –Junho de 2014. Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias. DEPEN –Departamento Penitenciário nacional. Brasília, 2014.

BRASIL. Ministério da Justiça. INFOPEN – Junho de 2016. Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias. DEPEN – Departamento Penitenciário nacional. Brasília, 2016.

BEAUVOIR, Simone. O segundo sexo. São Paulo: Difel, 1980.

BOGDAN, R.; BIKLEN, S. Investigação qualitativa em educação. Porto: Porto Editora, 1994.

BOURDIEU, Pierre. Dominação Masculina. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil. 2002. 160p.

BUGLIONE, Samantha. A face feminina da execução penal. In: Direito & Justiça, Porto Alegre, v. 19, n. 20, p. 251, 1998.

BUTLER,Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. 8ª edição. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. (col. Sujeito e História), 2015.

COHN, Norman. Na Senda do Milênio: Milenaristas Revolucionários e Anarquistas Místicos da idade Média. Tradução de Fernando Neves e Antônio Vasconcelos. Lisboa: Editorial Presença, 1980. 333p.

COHEN, Esther. Le corps du diable. Philosophes et sorcières à la Renaissance. Paris. Leo Scheer, 2004.

CUNHA, Elizangela Lelis da Educação ou castigo: um estudo sobre mulheres reeducandas. Araraquara/SP. Tese de Doutorado em Educação Escolar. Faculdade de Ciências e Letras, Campus de Araraquara. Universidade Estadual Paulista, 2011.

FOUCAULT, M. Vigiar e punir: o nascimento da prisão. Trad. de Raquel Ramalhete. 34. ed. Petrópolis: Vozes, 2007.

GOFFMAN, E. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. 2. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.

GOFFMAN, Erving. Manicômios, Prisões e Conventos. Tradução de Dante Moreira Leite. 7ª edição. São Paulo: Editora Perspectiva, 2001.

HABERMAS, Jürgen. Modernity versus Postmodernity, en New German Critique, n.22, 1981.

HABERMAS, Jürgen, et.al. La postmodernidad. Barcelona: Kairos, 1968.

OBIOLS, Edda Sant, BLANCH, Joan Pagés. ¿Por qué las mujeres son invisibles en la enseñanza de la historia? Revista Historia Y Memoria, No. 3. 2011, pp. 129–146.

OPTIZ, Claudia. Unmouvement de femmes au Moyen Âge? en DUBY, G; PERROT, M. Histoire des fammes en Occident. 1992. V.2, pp. 328-335, 1992.

PERROT, Michelle. Les Femmes et les Silences de l ́histoire. Paris, Flammarion. Col. Champs, 2001.

PERROT, Michelle. Mi historia de las mujeres. Buenos Aires: Fondo de Cultura Económico, 2009.

CENTRO PELA JUSTIÇA E PELO DIREITO INTERNACIONAL et al. Relatório sobre mulheres encarceradas no Brasil. 2007. Disponível em: <http://www.asbrad.com.br/conte%C3%BAdo/relat%C3%B3rio_oea.pdf>. Acesso em: 03 jan. 2016.

VARIKAS, Eleni Pária. Uma metáfora da exclusão das mulheres. Revista Brasileira de História. São Paulo. v. 9, n. 18, ago/set 1989, p.19-28, 1989.

VIAFORE, D. A gravidez no cárcere Brasileiro: uma análise da Penitenciária Feminina Madre Pelletier. Dissertação de Mestrado. Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 2004.

WOOD, Ellen Meiksins. Democracia contra capitalismo: a renovação do materialismo histórico. Rio de Janeiro: Editorial Boitempo, 2006.

VIAFORE, D. A gravidez no cárcere Brasileiro: uma análise da Penitenciária Feminina Madre Pelletier. Dissertação de Mestrado. Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 2004.

WOOD, Ellen Meiksins. Democracia contra capitalismo: a renovação do materialismo histórico. Rio de Janeiro: Editorial Boitempo, 2006.

Downloads

Publicado

2019-02-18

Como Citar

CARVALHO, O. F. de; JARDILINO, J. R. L. A invisibilidade da mulher no sistema prisional brasileiro: esquecidas no tempo e no espaço. Revista Educação e Políticas em Debate, [S. l.], v. 6, n. 2, 2019. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/revistaeducaopoliticas/article/view/46784. Acesso em: 27 jul. 2024.

Edição

Seção

Dossiê: Políticas públicas no sistema carcerário e socioeducativo do Brasil