DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DO SALDO DE RADIAÇÃO E DO FLUXO DE CALOR NO SOLO NO TERRITÓRIO DE ITAPARICA, NORDESTE DO BRASIL
Conteúdo do artigo principal
Resumo
Há uma crescente necessidade de conhecimento dos processos físicos que envolvem as trocas de energia e massa entre a superfície e a atmosfera. Essas trocas dependem sobremaneira do uso e cobertura do solo. A compreensão quantitativa desses processos por meio de imagens de satélites pode ajudar no manejo e conservação dos recursos hídricos minimizando os impactos negativos decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais. Este trabalho teve como objetivo quantificar as trocas radiativas entre atmosfera e superfície por meio do saldo de radiação e do fluxo de calor no solo, em diferentes tipos de uso e cobertura do solo. A metodologia envolveu a modelagem e mapeamento de parâmetros físicos e biofísicos a partir de imagens MODIS e do algoritmo SEBAL em uma área com vegetação nativa e agricultura irrigada. Foi realizada uma visita à área em 2008 para georreferenciar diversos usos do solo. As coordenadas geográficas foram levantadas no centro de cada classe de cultivo irrigado para obter pixels puros nas imagens MODIS. Os resultados mostraram que há uma variação nos valores dos parâmetros estimados dentro dos diferentes tipos de cobertura do solo e principalmente entre classes de uso e cobertura de caatinga. A caatinga arbórea apresentou valor médio de fluxo de calor no solo (Go) de 124,9 Wm-2, enquanto áreas degradadas com ocorrência de erosão apresentaram valor médio de 132,6 Wm-2. Em lotes irrigados de cultivos de banana, coco e mamão foram encontrados valores médios de Go de 103,8, 98,6 e 113,9 Wm-2, respectivamente. Em relação ao saldo de radiação instantâneo (Rn), a caatinga arbórea apresentou valor médio de 626,1 Wm-2, enquanto que para caatinga secundária a média foi de 575,2 Wm-2. áreas irrigadas de cultivos de banana, coco e mamão apresentaram Rn de 658,1, 647,4 e 617,9 Wm-2, respectivamente. Aplicando o modelo senoidal para espacializar o saldo de radiação médio diário (Rnmed), foi registrado em caatinga arbórea valor de 417,2 Wm-2 e em caatinga secundária valor de 379,9 Wm-2. Para os cultivos irrigados de banana, coco e mamão os valores de Rnmed foram de 430,9, 431,3 e 411,6 Wm-2, respectivamente. Foi possível aplicar o modelo senoidal para determinar o saldo de radiação máximo e médio diário considerando diversos usos e cobertura do solo; porém, há necessidade de comparação com dados de campo para validação deste modelo relacionado ao ecossistema caatinga e cultivos irrigados de forma a avaliar qualidade das estimativas de cada variável. Não foram aplicadas técnicas de desagregação, e a resolução espacial do pixel deve ser considerada em escala local de forma a obter melhores resultados.
Downloads
Não há dados estatísticos.
Métricas
Carregando Métricas ...
Detalhes do artigo
Como Citar
LOPES, H. L.; SILVA, B. B. da; PACHECO, A. da P. DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DO SALDO DE RADIAÇÃO E DO FLUXO DE CALOR NO SOLO NO TERRITÓRIO DE ITAPARICA, NORDESTE DO BRASIL. Revista Brasileira de Cartografia, [S. l.], v. 66, n. 2, 2014. DOI: 10.14393/rbcv66n2-43909. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/revistabrasileiracartografia/article/view/43909. Acesso em: 2 nov. 2024.
Edição
Seção
Artigos
Esta obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Attribution 3.0 Unported License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (veja "O Efeito do Acesso Aberto").