Bruxas carterianas
A sabedoria, o riso e o poder
DOI:
https://doi.org/10.14393/LL63-v40-2024-01Palavras-chave:
Angela Carter, Bruxas, Contos, Revisionismo feminista, Contos de fadasResumo
Este artigo investiga a representação da figura da bruxa na obra de Angela Carter, detendo-se especificamente nos contos “Vasilissa, a formosa”, “O lobisomem” e “A companhia dos lobos”, no intuito de apreender como o revisionismo feminista lida com essa figura tão maltratada pelo patriarcado. O estudo explora como a autora desafia convenções tradicionais, rejeitando os elementos "consolatórios" comuns nos contos de fadas e abordando temas mais sombrios e complexos. Inicialmente, apresentam-se algumas conceituações teóricas sobre bruxaria e feitiçaria, como também a associação da bruxa à ideia de velhice. A análise dos contos selecionados permite verificar como a abordagem carteriana é despojada da representação tradicional, numa quebra de paradigmas. Temos aqui personagens femininas que assumem o controle do seu destino, numa demonstração de como os papéis femininos nos contos de fadas podem ser desafiados e reinterpretados.
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