A penosidade dos trabalhos agrícolas das mulheres camponesas a partir da perspectiva da totalidade concreta

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/RCT195674342

Palavras-chave:

agroecologia, técnica, desenvolvimento territorial, campesinato

Resumo

Este artigo apresenta resultados de uma pesquisa realizada em quatro municípios do Sudoeste do Paraná, com camponesas do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC) e técnica de ATER agroecológica, com o objetivo de identificar elementos que levam à penosidade do trabalho agrícola das mulheres camponesas e formas de diminuí-la. Com isso, busca-se enfatizar que é preciso levar em consideração o tema da penosidade do trabalho agroecológico, para que possamos avançar em um projeto de soberania alimentar. A pesquisa foi realizada a partir de pesquisas bibliográficas, entrevistas semiestruradas, observação não participante. Estudos comprovam que a penosidade nos trabalhos agrícolas tem sido uma das principais causas de fenômenos como a falta de sucessão rural, aumento dos arrendamentos de terras e a diminuição da oferta de alimentos diversificados. Por outro lado, a penosidade do trabalho agrícola, não ocorre apenas devido à falta de máquinas/equipamentos, mas, pelo próprio esvaziamento do campo, fim das comunidades, desequilíbrios ecológicos e mudanças climáticas e, também, devido à falta de pesquisas e tecnologias, máquinas e equipamentos adaptados às realidades e necessidades regionais para facilitar o trabalho na produção, coleta, processamento etc. Sendo assim, este estudo enfatiza como a complexidade do problema investigado requer que sua análise seja feita a partir de uma perspectiva territorial e da totalidade concreta, apontando como as contribuições teóricas e metodológicas de Milton Santos podem ser frutíferas para avançarmos nessas discussões.

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Biografia do Autor

Renata Rocha Gadelha, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)

Graduação em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Mestrado em Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável pela Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), campus de Laranjeiras do Sul/PR. Doutorado em Desenvolvimento Rural Sustentável pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), campus de Marechal Cândido Rondon/PR. Pós doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), campus de Pato Branco/PR.

Nilvania Aparecida de Mello, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (1994), mestrado em Agronomia - Área de concentração física, manejo e conservação do solo- pelo Departamento de Solos e Engenharia Agrícola da Universidade Federal do Paraná (1996) e doutorado em Ciência do Solo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2006) e pos doutorado em Filosofia da Ciência pela Université Joseph Fourrier (França). Bacharel em Direito pela UNISUL. Atualmente é professora da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, campus Pato Branco, no curso de Agronomia e professora permanente do Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento Regional. Lider do Grupo de Pesquisa SOCITEC (Sociedade, Ciência e Tecnologia), atua nos temas Educação, políticas públicas e legislação para a proteção ambiental no meio urbano e rural. Interface solo sociedade, com ênfase em manejo do solo, educação em solos e educação ambiental. Uso do solo e da água, legislação ambiental e desenvolvimento sustentável. Solos rurais e urbanos, produção de conhecimento e impactos sociais.

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Publicado

13-12-2024

Como Citar

GADELHA, R. R.; MELLO, N. A. de. A penosidade dos trabalhos agrícolas das mulheres camponesas a partir da perspectiva da totalidade concreta. Revista Campo-Território, Uberlândia, v. 19, n. 56, p. 125–149, 2024. DOI: 10.14393/RCT195674342. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/74342. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos