A penosidade dos trabalhos agrícolas das mulheres camponesas a partir da perspectiva da totalidade concreta
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCT195674342Palavras-chave:
agroecologia, técnica, desenvolvimento territorial, campesinatoResumo
Este artigo apresenta resultados de uma pesquisa realizada em quatro municípios do Sudoeste do Paraná, com camponesas do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC) e técnica de ATER agroecológica, com o objetivo de identificar elementos que levam à penosidade do trabalho agrícola das mulheres camponesas e formas de diminuí-la. Com isso, busca-se enfatizar que é preciso levar em consideração o tema da penosidade do trabalho agroecológico, para que possamos avançar em um projeto de soberania alimentar. A pesquisa foi realizada a partir de pesquisas bibliográficas, entrevistas semiestruradas, observação não participante. Estudos comprovam que a penosidade nos trabalhos agrícolas tem sido uma das principais causas de fenômenos como a falta de sucessão rural, aumento dos arrendamentos de terras e a diminuição da oferta de alimentos diversificados. Por outro lado, a penosidade do trabalho agrícola, não ocorre apenas devido à falta de máquinas/equipamentos, mas, pelo próprio esvaziamento do campo, fim das comunidades, desequilíbrios ecológicos e mudanças climáticas e, também, devido à falta de pesquisas e tecnologias, máquinas e equipamentos adaptados às realidades e necessidades regionais para facilitar o trabalho na produção, coleta, processamento etc. Sendo assim, este estudo enfatiza como a complexidade do problema investigado requer que sua análise seja feita a partir de uma perspectiva territorial e da totalidade concreta, apontando como as contribuições teóricas e metodológicas de Milton Santos podem ser frutíferas para avançarmos nessas discussões.
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