A questão agrária no Pontal do Paranapanema e o debate paradigmático
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCT81514670Palavras-chave:
Campesinato, Capital, Debate paradigmático, Pontal do Paranapanema, Questão agráriaResumo
A complexidade da questão agrária analisada a partir da Região do Pontal do Paranapanema está marcada pelo enfrentamento entre o capital e o campesinato visando a submissão do território, de um lado e pelo debate paradigmático visando o controle e o domínio político das interpretações e dos significados, de outro. A luta pela terra e a luta pelo conhecimento estão imbricadas. O embate no campo contribui e interfere nas disputas no "campus". A troca do "campus" universitário pelo território camponês pode, na medida do possível, diminuir a distância entre teoria e prática e, com isso propiciar também a comparação entre as diversas concepções, conceitos, correntes teóricas e visão de mundo. O debate paradigmático entre dois paradigmas: o da questão agrária que defende o protagonismo propositivo do campesinato e o seu necessário embate com o capital, pois ambos ocupam o território com lógicas distintas. E, o do capitalismo agrário que defende a dependência e a submissão ao capital como única perspectiva, defendendo a hipótese da metamorfose do camponês em agricultor familiar. Basta ao campesinato lutar ao lado do capital se tecnificando e se integrando no processo produtivo, pois não há antagonismo entre capital e campesinato.
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