Cultural and economic dynamics in the face of neocolonial expansion in quilombos in the marajoara Amazon: a perspective from Quilombismo
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCT205978530Keywords:
autonomy, quilombola epistemologies, women’s movements, marajoara AmazonAbstract
This article aims to characterize and analyze the movements undertaken by quilombola communities in response to neocolonial projects implemented in the municipality of Salvaterra (Pará, Brazil). Using a qualitative approach that combined bibliographic research, semi-structured interviews, participant observation, and field diary records, the study focuses on the practices of the Núcleo de Ação e Resistência Quilombola Campina/Vila União (NARQ), from the community of Campina/Vila União, and the Grupo de Mulheres Sementes do Quilombo, from the community of Mangueiras. The results show that these movements operate as contemporary expressions of quilombism, articulating cultural, economic, and political practices aimed at building autonomy, strengthening community bonds, and affirming identity. Initiatives such as the Quilombola Fair, the clothing atelier, the Casa de Sementes, and educational and cultural activities resignify the territory as a space for the production of knowledge, affections, and resistance. The study concludes that, although these groups face structural challenges — such as the lack of land titling and the pressure from external enterprises — these mobilizations constitute alternative political projects that confront the ongoing legacies of coloniality and build sustainable futures grounded in ancestral knowledge and community solidarity.
Downloads
References
ACEVEDO MARIN, R. E. Quilombolas na ilha de Marajó: território e organização política. In: GODOI, E. P. de; MENEZES, M. A. de; ACEVEDO MARIN, R. (org.). Diversidade do campesinato: expressões e categorias. São Paulo: UNESP, 2009. v. 1, cap. 9, p. 209-227.
ANGROSINO, M. Etnografia e observação participante. Porto Alegre: Bookman; Artmed, 2009.
DA COSTA, J. F. R.; MEDEIROS, M.; BARROS, F. B. "Quem planta, quando precisa tem": terreiros socioprodutivos quilombolas na Amazônia Marajoara. Mundo Amazónico, v. 15, n. 2, p. 35-58, 2024. DOI:https://doi.org/10.15446/ma.v15n2.109460
DA SILVA, M. H. P. Paisagens, histórias e ecologias mais que humanas do gado ao longo dos campos na Amazônia Marajoara. Ilha Revista de Antropologia, Florianópolis, v. 25, n. 3, 2023. DOI: https://doi.org/10.5007/2175-8034.2023.e94144
GOHN, M. da G. Movimentos sociais: temas e debates contemporâneos. 3. ed. São Paulo: Editora Loyola, 2011.
GOMES, D. L. et al. Expansão do agronegócio e conflitos socioambientais na Amazônia marajoara. REVISTA NERA, n. 42, p. 135–161, 29 mar. 2018. DOI: https://doi.org/10.47946/rnera.v0i42.5690
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Brasileiro de 2022. Rio de Janeiro: IBGE, 2022.
LEFEBVRE, H. Of Everyday Life. Foundations for a Sociology of the Everyday, v. 2, 1991.
LOSURDO, D. Colonialismo e luta anticolonial: desafios da revolução no século XXI. São Paulo: Boitempo, 2020.
NASCIMENTO, A. O quilombismo: documentos de uma militância pan-africanista. 2. ed. Brasília/Rio de Janeiro: Fundação Palmares/OR Editor Produtor, 2002.
NASCIMENTO, A do. O quilombismo: documentos de uma militância pan-africanista. São Paulo: Editora Perspectiva; Rio de Janeiro: Ipeafro, 2019.
O’DWYER, E. C. Terras de quilombo: identidade étnica e os caminhos do reconhecimento. Revista Tomo, n. 11, p. 43-58, 2007.
PACHECO, A. S. A conquista do ocidente marajoara: índios, portugueses e religiosos em reinvenções históricas. In: SCHAAN, Denise Pahl; MARTINS, Cristiane Pires. (org.). Muito além dos campos: arqueologia e história na Amazônia Marajoara. 1 ed. Belém: GKNORONHA, 2010. cap. 2, p. 13-32.
QUIJANO, A. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. Cadernos de Pesquisa, n. 8, p. 168–196, 2000.
RAMPAZZO, L. Metodologia científica. 3. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2005.
SANTOS, B. de S. Para além do pensamento abissal: das linhas globais a uma ecologia de saberes. Novos estudos CEBRAP, p. 71-94, 2007. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-33002007000300004
SCHAAN, D. P. A arte da cerâmica marajoara: encontros entre o passado e o presente. Revista Habitus-Revista do Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia, v. 5, n. 1, p. 99-117, 2007. DOI: https://doi.org/10.18224/hab.v5.1.2007.99-117
SCHERER-WARREN, I. Das mobilizações às redes de movimentos sociais. Sociedade e Estado, v. 21, n. 1, p. 109-130, 2006. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-69922006000100007
SCHERER-WARREN, I. Redes de movimentos sociais na América Latina: caminhos para uma política emancipatória? Caderno CRH, v. 21, p. 505-517, 2008. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-49792008000300007
SEMENTES DO QUILOMBO. Salvaterra, 28 de nov. 2023. Instagram: @atelie_sementesdoquilombo. Disponível em: https://www.instagram.com/p/C0MijYNA1wl/?igsh=MWpxNXRnaWllb2RqYQ==. Acesso em: 16 nov. 2024.
TOURAINE, A. "Uma introdução ao estudo dos movimentos sociais." Pesquisa social, (1985): 749-787.
VAZ, L. de V. A.; BARROS, F. B. Soberania e segurança alimentar para o “bem viver”: um estudo de experiência quilombola em Salvaterra/Ilha do Marajó, PA. Terceira Margem Amazônia, v. 7, n. 18, p. 73-89, 2022. DOI: https://doi.org/10.36882/2525-4812.2022v7i18p73-89
WEBER, M. The methodology of the social sciences. New York: Free Press, 1949.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2025 José Felipe Rodrigues da Costa, Monique Medeiros , Luciane Barbosa Lopes

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.






















