Agroecologia e ecologia de saberes desconstruindo o projeto colonial da agricultura brasileira
a Zona da Mata pernambucana resiste
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCT185270205Palavras-chave:
Agroecologia, assentamentos rurais, ecologia de saberesResumo
A agricultura moderna brasileira com base no modelo capitalista homogeneíza os processos de construção do saber e invisibiliza os mais variados conhecimentos presentes nos territórios camponeses. Em contraponto, diversas experiências tem como base a Agroecologia e tem referência na ecologia de saberes como elementos na valorização dos sujeitos, dos saberes, das experiências e como forma de resistir ao sistema capitalista colonial. Uma dessas experiências se configura no Assentamento Nova Canaã, localizado no município de Tracunhaém, na Zona da Mata de Pernambuco, Brasil. A pesquisa visa compreender como a Agroecologia e a ecologia de saberes no Assentamento Nova Canaã se contrapõem ao modelo de agricultura colonial desde as famílias camponesas assentadas, através da verificação do contexto histórico do projeto colonial na Zona da Mata de Pernambuco; identificação das práticas de agricultura dentro do Assentamento Nova Canaã. Bem como, análise dos processos de resistências e os saberes dos/as camponeses/as assentados/as. Os resultados evidenciam que apesar da produção de cana-de-açúcar ainda dominar a Zona da Mata de Pernambuco, a Agroecologia e ecologia de saberes constituem como processos que levam à ruptura do projeto colonial de agricultura perpetuada no território.
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