Territorialização do mst no sudeste paraense a partir da construção dos projetos de assentamentos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/RCT164001

Resumo

A realidade do sudeste paraense é impactada diretamente pela hegemonia do agronegócio e da mineração, os quais recebem fortes incentivos estatais, seja via créditos seja via construção de infraestruturas que facilitam a produção e o escoamento da produção. Essa ampliação das commodities significa uma disputa territorial com os diversos outros sujeitos do campo, dentre eles, os camponeses, que outrora lutaram para conquistarem seu território, materializado nos Projetos de Assentamento, e hoje resistem para permanecerem nele. O presente artigo tem por objetivo discutir essa territorialização camponesa a partir dos assentamentos conquistados e organizados pelo Movimento dos trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no sudeste paraense. Para esse fim, tece um conjunto de estratégias que envolvem a construção de uma rede geográfica solidária camponesa de luta pela terra; o uso da política de escala para ampliar a luta a nível global e tornar possível conquistas locais e/ou regionais; e a disputa dos aparelhos privados de hegemonia. Nesse sentido, a territorialização está assentada no tripé terra-educação-produção. Em termos metodológicos, o trabalho utilizou-se da pesquisa bibliográfica e documental, observação sistemática, entrevistas semi-estruturadas, questionários, registros fotográficos e a produção de uma cartografia temática.

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Biografia do Autor

Rogério Rego Miranda, Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará

Professor Adjunto I no curso de licenciatura e bacharelado em Geografia da Universidade Federal do Pará - Campus de Marabá. Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal do Pará (2006), Mestrado em Organização e Gestão do território pela Universidade Federal do Pará (2009) e Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Geografia Humana da USP. Tem experiência na área de Geografia Agrária e Urbana, atuando principalmente nos seguintes temas: redes institucionais; políticas públicas, agricultura camponesa, relação urbano e rural, movimentos socioterritoriais e desenvolvimento rural.

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Publicado

29-04-2021

Como Citar

MIRANDA, R. R. Territorialização do mst no sudeste paraense a partir da construção dos projetos de assentamentos. Revista Campo-Território, Uberlândia, v. 16, n. 40 Abr., p. 01–30, 2021. DOI: 10.14393/RCT164001. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/57528. Acesso em: 24 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos