A estrangeirização de terras na Amazônia Legal brasileira entre os anos 2003 e 2014

Autores

  • José Antonio Herrera Universidade Federal do Pará - UFPA. Campus Universitário de Altamira / Faculdade de Geografia. Programa de Pós Graduação em Geografia - PPGEO - Campus Universitário de Belém http://orcid.org/0000-0001-8249-5024

DOI:

https://doi.org/10.14393/RCT112305

Resumo

A Amazônia não foi integrada a economia brasileira como resposta aos problemas de outras regiões do país: a modernização do Sul e Sudeste e a concentração de terras do Nordeste, mas sim estratégia para expansão do capital privado (empresas nacionais e internacionais) sobre o espaço agrário da região. Após várias décadas de ocupação da chamada "fronteira agrícola", tem-se atualmente um território que padece dos problemas estruturantes em consequência dos desequilíbrios regionais. Mais do que isso, verifica-se investimentos estrangeiros que assumem, pela apropriação e dominação de terras, em certa maneira o controle do território. Na perspectiva de contribuir para reflexões sobre as consequências do processo de estrangeirização, sistematizou os dados oficiais do Instituto de Colonização e Reforma Agrária - INCRA, os quais apontam para o aumento de áreas em posse de estrangeiros na Amazônia Legal, entre os anos 2003 e 2014, com destaque ao Estado do Pará que soma 88% do total das terras em posse de estrangeiros na região. Em análise, destaca-se o aumento significativo do percentual de terras em posse de Pessoas Jurídicas (PJ), ou seja, maior apropriação e domínio de terras por parte de empresas estrangeiras no território amazônico.

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Biografia do Autor

José Antonio Herrera, Universidade Federal do Pará - UFPA. Campus Universitário de Altamira / Faculdade de Geografia. Programa de Pós Graduação em Geografia - PPGEO - Campus Universitário de Belém

Possui graduação em Ciências Agrárias pela Universidade Federal do Pará (2001), mestrado em Agriculturas Amazônicas pela Universidade Federal do Pará (2003) e Doutorado (2012) em Desenvolvimento Econômico, Espaço e Meio Ambiente pelo Instituto de Economia da UNICAMP. Compõe o quadro de docentes da Graduação em Geografia no Campus Universitário de Altamira, vinculado ao Programa de Pós-graduação em Geografia - PPGEO / IFCH do Campus Universitário da UFPA em Belém. Atualmente é líder do grupo de estudos Desenvolvimento e Dinâmicas Territoriais na Amazônia - GEDTAM e tem atuado nas temáticas: Políticas de Desenvolvimento e Transformações Socioeconômicas na Amazônia e Produção do Espaço Agrário. Atualmente os projetos de pesquisas objetivam compreender a relação campo - cidade na Amazônia; produção agropecuária familiar na Amazônia; e as consequências socioeconômicas e ambientais geradas pelo Empreendimento Hidrelétrico de Belo Monte no Território da Transamazônica e Xingu no Sudoeste Paraense.

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Publicado

12-09-2016

Como Citar

HERRERA, J. A. A estrangeirização de terras na Amazônia Legal brasileira entre os anos 2003 e 2014. Revista Campo-Território, Uberlândia, v. 11, n. 23 Jul., 2016. DOI: 10.14393/RCT112305. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/30702. Acesso em: 5 nov. 2024.